quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Capítulo 9: Queen Of Hearts

AVISOS:
Galeeeeeera desculpa mesmo a demora pra postar T-T Tem dois motivos: 1º- sempre que eu estava usando note, o caderno que eu escrevo os capítulos não está por perto. 2º: Eu não conseguia acessar minha conta do google de jeito nenhum, mas agora eu consegui! Ufa! Bem, vou postar agora pra vocês :B Beeeijos, boa leitura! DEIXE UM COMENTÁÁÁRIO!

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Não pude resistir ao impulso de sorrir discretamente.
É tão engraçado como Zayn conseguiu enganá-los tão facilmente... ele só tinha a mesma roupa, tirando isso, ele não tinha aqueles olhos brilhantes de rubi, nem a feição escura e horrenda. Pelo contrário, Zayn é adorável! Acho que os soldados não são lá tão espertos.
Entramos sobre uma área aberta em uma colina, aonde conseguíamos ver o castelo da Rainha de Copas e logo á frente, o da Rainha Branca.
Ah, se ela soubesse que estamos em problemas... ela com certeza ajudaria.
Os castelos eram ambos gigantescos, mas totalmente diferentes. O da Rainha de Copas era sombrio, com cores escuras e muitos soldados horripilantes rodeavam o local. Já o da Rainha Branca, era todo branco, brilhante, iluminado, era muito mais bonito... parecia ser um daqueles castelos das princesas da Disney.
Seguimos andando até chegarmos ao portão de entrada do castelo da Rainha de Copas. Uma neblina se formava abaixo de nossos pés e parece que lá o clima estava muito mais frio do que antes.
Dois guardas, um em cada lado, puxaram uma alavanca e o portão se abriu.
O salão de entrada era enorme, o piso de mármore polido intercalava com as cores brancas e pretas e brilhavam com a luz transmitida pelo lustre de diamantes. Várias portas estavam espalhadas pelo salão, os guardas nos posicionaram de frente para a maior delas e esperamos.
Depois, a porta se abriu bruscamente, causando um estrondo que ecoou pelo salão inteiro, nos assustando imediatamente.
A Rainha de Copas estava nos fitando friamente com um olhar cortante, que me fez estremecer. Ela tinha uma cabeça muito grande e desproporcional ao corpo. Usava uma coroa, um vestido parecido com o de Carol, mas mais rico em detalhes e mais apropriado ao nível de uma Rainha. A maquiagem dela escondia qualquer imperfeição presente em seu rosto, mas suas sobrancelhas franzidas faziam com que rugas se formassem sobre sua testa.
-O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI?!- gritou ela. A sua voz é aguda e esganiçada, meus ouvidos doeram ao ouvi-la.
-Desculpe-nos, majestade... é que...
-SILENCIO!- ela interrompeu Liam bruscamente -VOCÊS SÃO INTRUSOS! CORTEM-LHE AS CABEEEEEÇAS!
-C-calma, mas você nem sequer...
-SILENCIO!
-Temos o direito de nos defender!- disse Lívia já nervosa.
-Teriam esse direito se não estivessem em meus domínios!- a Rainha disse num tom de voz bem mais calmo, mas ainda sim, ela me dava arrepios.
Ela desceu os dois degraus em sua frente e andou em volta de nós, nos observando um por um. Assim que ela me olhou, eu ergui os olhos e a fitei friamente. Ela piscou e deu um leve sorrisinho, mas depois dirigiu seu olhar a Zayn, que apontava a lança pra mim e ficava com a postura de um soldado.
Os guardas podiam ser burros o suficiente para confundir Zayn com eles. Mas será que a Rainha também era?
-Que soldado é esse?- perguntou ela medindo-o com o olhar -Não vejo seus olhos de rubis, nem mesmo um rosto horrendo...
-Sou um novato, Vossa Majestade.- Zayn disse isso com um tom de voz tão realista, que até eu acreditaria se não soubesse quem ele realmente é.
-Hm. Entendo.- ela seguiu andando e Zayn me entreolhou, mas logo depois voltou á olhar pra frente. 
-Chapeleiro e Gato Risonho... não sabia que estavam nesse plano fajuto ao lado desses intrusos.
-Eles são inocentes, Majestade. Isso posso lhe garantir.- afirmou o Chapeleiro. A Rainha pareceu não dar ouvidos ao que ele disse, só continuou á nos observar.Até que ela parou na frente de Harry, olhou-o sorrindo e disse:
-Alice?- eu e o pessoal seguramos o riso. Harry bufou e disse calmamente:
-Não, Vossa Majestade. Meu nome é Harry Edward Styles. Não sei por qual motivo estou usando essas roupas de Alice, mas te garanto, eu sou um garoto.- a Rainha tirou-lhe o laço da cabeça, ele ajeitou o cabelo depois e ergueu o olhar á ela. 
Harry era a coisa mais adorável do mundo e acho que a Rainha também percebeu isso.
-Ora, ora... és um garoto muito encantador, permita-me dizer.- Harry deu um daqueles de seus sorrisos sedutores.
-Obrigado, Milady... Vossa Majestade és lindíssima, desculpe-me pela minha atrevidão.- a Rainha deu uma leve risadinha.
-Para um intruso, você parece ser agradável.- Harry balançou a cabeça.
-Peço-lhe desculpas, Vossa Majestade... eu e meus colegas estamos aqui por engano. Não foi nossa intenção invadir seu reino e...- a porta da frente se abriu em um estrondo e vimos a Rainha Branca correndo em nossa direção, ao lado da Lebre de Março.
É claro! A Lebre havia ficado na mesa, provavelmente foi pedir ajuda á Rainha Branca.
-NÃO CONDENE-OS!- gritou a Rainha Branca. A Rainha de Copas franziu o cenho e gritou novamente com a voz esganiçada:
-EU JÁ LHE DISSE QUE NÃO PODES JAMAIS COLOCAR OS PÉS EM MEU CASTELO, RAINHA BRANCA! 
-Perdoe-me, Rainha de Copas! Mas eles são inocentes! Não posso deixar que Vossa Majestade prenda-os.
-Farei o que eu decidir.- ela nos olhou novamente -Levem-os ás celas! Menos o cavalheiro aqui...- disse ela colocando a mão sobre o ombro de Harry. Ele arregalou os olhos olhando para Louis logo á seu lado. 
Assim que os guardas foram nos levar para a prisão, Zayn deu um paço á frente.
-Por favor, Majestade... poderia deixar eu cuidar dos prisioneiros?
-Como disse?
-Como sou novato, preciso aprender á como cumprir suas ordens corretamente. Por favor, me deixe levá-los até a prisão, essa será minha primeira ação como um soldado.- a Rainha hesitou, mas depois deu de ombros:
-Tudo bem. Mas tome cuidado, eles podem fugir.- ela se voltou á Harry sorrindo -Agora venha, querido... vou servir-lhe um jantar especial e podemos conversar melhor.- Harry forçou um sorriso á ela e depois mandou uma piscada á nós. 
Os outros soldados que nos apontavam as lanças, se afastaram e Zayn nos guiou até um corredor escuro onde a Rainha de Copas não pudesse nos ver. Logo atrás de nós, seguia a Rainha Branca. Até que ouvimos a porta do salão se fechar e eu o abracei.
-Oh, meu Deus! Aquilo foi incrível, Zayn!
-Aquelas aulas de atuação quando eu ainda era de Bradford valeram á pena!- disse ele rindo enquanto procurava as chaves para tirar nossas algemas. 
-Ok, e agora? Como podemos sair daqui?- perguntou Louis.
-Tem uma porta dos fundos aqui perto- disse a Rainha Branca -O castelo dela tem a mesma planta que o meu, só o design muda.
-Muito obrigado, Majestade.- disse Liam.
-Gente! E o Harry? Ele ficou lá com a Rainha de Copas!- disse Lívia.
-Pois é, Rainha mais abusada aquela! Fica tirando casquinha do meu Harold!- exclamou Louis cruzando os braços.
-Do nosso Harold, por favor, Louis!- corrigiu Carol.
-Teremos que inventar algum plano...- pensava Niall em voz alta -Mas qual?- o Chapeleiro sorriu.
-Companheiros, eu tive uma ideia.

PRÓXIMO CAPÍTULO...

-Você é daqueles tipos de cavalheiro, Harry, que eu sempre sonhei em me casar.
-C-casar?
-Sim! Ora pois, o seu sorriso és encantador, seus olhos são lindíssimos e tens uma cabeleira diferente de todas as outras! Sim, Harry! Quero que seja meu noivo.
-M-mas eu tenho 18 anos! E sou um intruso! Eu invadi seu país!
-Eu percebo agora que tudo foi um engando, Harry querido... e não há idade certa para dois corações apaixonados. O que me diz? Case-se comigo, Harry Edward Styles.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Capítulo 8: The End Of The Line


AVISOS:
Hehehe enganei vocêêês! A Lívia está apaixonada pelo Zayn lalalalalala. Mas não vou falar se eles vão acabar juntos, se alguém se meterá no meio, ou se eles vão pelo menos acabar VIVOS. Mas enfim, espero que gostem desse capítulo :D A fic está quase no fim :C BUAAA! Mas espero que vocês leiam a próxima que eu irei postar ;D Se chama: Accidentally in Love. Eu estou fazendo ela junto com minha amiga Paula! Boa leituuura, amores! Deixem comentários! Beijos
Gabs xx

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-Meu Deus!– Lívia? Pelo Zayn? Mas eles são tão amigos! Nunca imaginei que ela pudesse sentir algo assim por ele... nunca reparei nela olhando pra ele de um jeito diferente.
-É. Já faz um tempo que venho o observando. Ele me faz sentir diferente e parece que cada vez que eu passo mais tempo com ele, mais ele me deixa confusa sobre meus sentimentos... e confusa sobre ele mesmo.
-Zayn é mesmo um bom partido! Ele é lindíssimo, engraçado, divertido, misterioso, sexy, tem uma voz incrível e...
-Já ta bom, né?– eu gargalhei.
-Mas eu nunca imaginei você e ele... você sabe...
-É, eu sei. Nem eu.
-Estou surpresa.
-Imagino.
-Vou falar com ele!
-NÃO! Você é louca? Iria te pedir pra você deixar isso em segredo, por favor!
-Mas por que? Qual é o problema de ele saber?
-Nossa amizade pode estar em risco. Não quero que as coisas mudem... desde que forem pra melhor!– ela me lançou um sorriso travesso e eu gargalhei.
-Zayn é compreensivo.
-Mas não quero que você conte pra ninguém! Depois vou falar com Harry. Fora ele, ninguém!
-Nem pra Carol?
-A Carol é muito próxima á Zayn. No fim, ela acabaria contando.
-Mas o Harry é muito próximo á Carol!
-Sim, mas ele consegue guardar segredo.
-Coitada da Carol!– nós rimos.
-Não foi isso que quis dizer! Você me entendeu, Gabriela!– eu ri e ficamos conversando por tanto tempo, que acabamos nos separando dos outros –Ah! Que ótimo! Estamos perdidas!
-Vamos tentar segui-los!– corremos pelo caminho que eles tinham feito, mas não conseguimos alcançá-los.
-Ah, meu Deus. E agora?
-Não seria melhor esperarmos? Ás vezes eles voltam pra procurar a gente.
-Não sei... acho melhor irmos atrás deles.
-Vamos nos perder mais ainda!
-E se eles não voltarem?– pois é, acho que estávamos em problemas –O que vamos fazer?
-Eu tenho um plano.– disse eu, sorrindo pra Lívia.
-O quê?
-Vamos gritar como loucas para eles ouvirem!– assim que ia abrir a boca pra gritar, Lívia tapou-a com a mão.
-Está louca?! Devem ter um monte de soldados espalhados pela floresta! Se gritarmos, estamos ferradas!
-Você tem método melhor?– ela me encarou e começamos á gritar juntas:
-LIIIAM! CHAPELEEEEIRO! LOOOOUIS! HAAARRY!– gritávamos os nomes deles sem parar, até que Lívia me disse:
-Ei, para! Escuta!– eu parei por um instante e ouvi o barulho das folhas se movendo próximas á nós. Meu primeiro impulso foi correr até lá, puxar as folhas e encontrar nossos amigos. Mas eu corri até lá, puxei as folhas e não encontrei meus amigos. Quem estava lá era um soldado da Rainha de Copas, e assim que meu olhar se encontrou ao dele, eu puxei Lívia e saímos correndo.
Depois de alguns minutos correndo, conseguimos deixá-lo pra trás, mas esbarramos em alguém e caímos de costas no chão. Eu tinha achado que era mais algum soldado, só que antes de eu dar um chute nele, percebi que era Liam parado na minha frente.
-Ah! Vocês estão aí! Graças á Deus!– disse ele, aliviado. Eu e Lívia nos levantamos rapidamente e tentamos falar para fugirem, mas Niall me agarrou e disse, quase chorando:
-Suas loucas! Nunca mais fiquem pra trás desse jeito! Quase morri do coração e...– eu achava que Niall estava sendo exagerado, até Zayn empurrá-lo e abraçar Lívia enquanto gritava:
-AHMEUDEUSVOCÊQUASEMEMATOUDESUSTOPENSEIQUENUNCAMAISIATEVERNOVAMENTEJAMAISFAÇAISSODENOVOSUALOUCA...– todos encaramos ele, os dois coraram e ele se afastou dela, parecendo um tomate –Q-quer dizer, estamos felizes vendo que estão bem.– fiquei com vontade de rir dessa situação, mas me lembrei do soldado que nos perseguia.
-Gente! Nós temos que...
-Como vocês conseguiram se perder desse jeito?
-Calma! Escutem! Tem um...
-Nunca mais fiquem pra trás desse jeito! É perigoso.
-Será perigoso se vocês não nos ouvirem agora! Tem um...
-Não se lembram daquele negócio de “ficarmos unidos”?
-CALEM A BOCA E NOS ESCUTEM!– assim que Lívia gritou isso, todos se calaram e arregalaram os olhos –Calma, gente. Não precisa me olhar assim! Eu tive que chamar a atenção de vocês de alguma forma e...
-N-não é de você que estamos assustados.– Lívia se virou e deu de cara com o soldado que nos perseguia. Nós corremos imediatamente, mas seria bem difícil nos livrarmos dele... ele estava na nossa cola! Eu não sabia se conseguiríamos escapar, ainda mais depois que Carol tropeçou e ficou pra trás.
-CAROL!– gritou Harry, já correndo pra lá. O soldado agarrou-a pelo vestido e Harry tentou acertá-lo.
-HARRY! VOLTA!– tentamos alertá-lo. Mas assim que gritamos isso, Harry já estava preso pelos braços do soldado. Ele apontou a lança no pescoço dos dois e nos disse com a voz cortante:
-Se rendam, ou seus amigos morrem aqui mesmo.– Harry moveu sua mão lentamente, entrelaçou-a a de Carol, logo á seu lado, e nos olhou com piedade.
Eu entreolhei os outros, até mesmo o Chapeleiro parecia não ter idéia do que fazer. Ele deu um passo á frente e esticou os punhos para o soldado, rendendo-se. Depois, mais quatro deles chegaram e nos apontaram lanças.
Era isso então? Iríamos ser presos? Acabou? Agora iríamos ter todas nossas cabeças cortadas fora pela Rainha de Copas?
Eu mantive minhas mãos para trás, como todos os outros e os guardas me algemaram. Seguimos andando, com a sensação de um cachorro que acabara de ser capturado pelo canil, frustrados. Essa era a palavra certa. Frustração. Com certeza, não era só eu que achava que realmente conseguiríamos sair de lá. Todos estávamos determinados á seguir em frente, sem desistir.
Quando eu estava prestes á perder as esperanças, olhei para o soldado ao meu lado e acho que conseguiríamos sair de lá. Por que? Porque Zayn estava segurando meu braço, enquanto apontava a lança para mim e me conduzia logo atrás dos outros guardas e dos outros prisioneiros.
Lógico! Zayn estava vestido de soldado de Copas! Provavelmente os outros guardas nem sequer notaram a diferença, mesmo ele sendo mil vezes mais adorável e parecido com um humano sem aqueles olhos vermelhos brilhantes... além de Zayn ser ótimo em artes cênicas, conseguia fazer a mesma expressão que os outros e até mesmo marchar identicamente.
Acho que nem tudo estava perdido... por enquanto.

PRÓXIMO CAPÍTULO:

-O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI, INTRUSOS?!
-Desculpe-nos, majestade... é que...
-SILENCIO! VOCÊS SÃO INTRUSOS! CORTEM-LHE AS CABEEEEEÇAS!
-C-calma, mas você nem sequer...
-SILENCIO!
-Temos o direito de nos defender!
-Teriam esse direito se não estivessem em meus domínios! 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Capítulo 7: Don't be Afraid


AVISOS:
Hey, guys! Espero que gostem desse capítulo! E sim, o fim vai surpreender muita gente! :B Vocês vão entender assim que lerem! Ah, e quando eu acabar essa fanfic, eu vou começar outra com minha amiga Paula! ^-^ nós já inventamos várias partes e quando eu acabar essa e ela estiver livre, nós vamos postar e vou colocar o link aqui pra vocês lerem! :D Vai ser super legal, nós juramos! ;D 
3BJS PRA LÍVIA QUE FICOU ME ENCHENDO O SACO PRA POSTAR LOGO ESSE CAPÍTULO! 
Boa leitura! xx

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Acordei sobre um monte de folhas secas. Deve ter sido trabalho do Chapeleiro... tão cuidadoso com as coisas. Estava bem mais descansada, mas com uma tremenda dor nas costas. Senti pena de Harry. Ter que me carregar até lá? Olhei para o céu, escondido através das folhas das enormes árvores. O dia ainda estava escurecendo, mesmo escondido pelas nuvens escuras. Vi o pessoal ajoelhado na beira de um pequeno laguinho bebendo água.
Assim que fui me levantar para me juntar á eles, ouvi barulhos vindo atrás do arbusto do qual estava bem em minhas costas. Eu me movi lentamente e dei uma espiada.
Essa não...
Eram dois guardas da Rainha de Copas. Pelo visto, o reino dela já havia descobrido que intrusos estavam em seu mundo... Não sei como não ouviram os barulhos do pessoal próximo ao lago, mas eles estavam conversando e olhando para todos os lados contendo grandes lanças pontiagudas nas mãos.
Me movi o mais silenciosamente que consegui. Quando cheguei perto do pessoal, pedi á eles para manterem silencio.
-Vamos sair daqui agora! Depois explico!– sussurrei, tentada á pegar um pouco de água, mas isso provocaria muito barulho.
-Por que?
-Shhhh!– eu me levantei lentamente e fiz um sinal para eles me seguirem. Todos me seguiram em silencio, contornei atrás das árvores longe dos guardas, até que estávamos conseguindo passar por eles...
-Preciso espirrar!– sussurrou Niall.
-Segura isso, por favor!– não adiantou, Niall espirrou mesmo assim.
-Atchim!– percebi que os sussurros dos policiais pararam. Com certeza eles haviam nos ouvido, até que eles se viraram para trás e nos viram.
-Corre!– gritei. E assim foi feito. Todos nós corremos e os guardas logo atrás de nós. Niall não estava conseguindo correr direito, um dos guardas quase o alcançava com sua lança, eu segurei sua mão e o ajudei á aumentar a velocidade.
Os guardas não nos davam folga, não conseguíamos nem despistá-los, nem escaparmos, nem mesmo pensar em nada... até que Liam, ao meu lado, gritou á Louis:
-Me empresta sua cartola!- essa era a primeira vez que ele se dirigia á Louis desde que chegamos aqui.
-M-mas...
-Quer continuar vivo, ou não?– Louis entregou-lhe a cartola, e Liam jogou-a na direção dos guardas. Ela atingiu um deles em seus pés, ele rolou para trás, deixando sua lança jogada no chão um pouco á nossa frente. E eu tive uma ideia.
-Me deixem passar!– eu abri passagem sobre eles, ficando na frente de todos. Segurei a lança pelo cabo e esperei todos passarem por mim.
-O que vai fazer?!– gritou Lívia. Eu tinha que me concentrar, então acabei nem respondendo. Tomara que eu não perca a cabeça...
O guarda vinha chegando rapidamente em minha direção, e quando ele ia acertar a lança em mim, eu me deitei no chão e ele acabou passando por cima de mim. Me levantei rapidamente e, como ele estava de virado em outra direção, peguei minha lança rapidamente e o bati nas costas, cravando a ponta nele e fazendo-o cair de joelhos. Como ele era uma carta de baralho, não sangrou nada... mas ele morreu diante de nós.
Todos me encararam, incrédulos.
-C-como você...
-Se eu terei que enfrentar um Jaguadarte...– disse eu, ofegante –...tive que começar com um treinamento de como matar esses guardas mixurucas.– eles riram. Eu me abaixei, recolhi o capacete, a armadura de seu tórax e tirei-lhe a bainha –Podemos usar isso para a batalha se for preciso.
-Isso!– concordou Liam –Agora vamos sair daqui antes que o outro se levante e nos alcance.– saímos correndo até escurecer.
Estávamos todos acabados de tanto caminhar, então o Chapeleiro disse que seria melhor descansarmos. Já estava escuro. A floresta ficou ainda mais arrepiante, e o frio aumentou muito, me fazendo tremer não somente de medo... nem sabia quem estava do meu lado de tão escuro que estava, só sei que apertei-lhe a mão.
-Está tudo bem?– disse Louis. Ah, era ele...
-Sim... s-só com um pouco de medo.– ele estremeceu.
-Precisamos de uma fogueira para nos manter aquecidos.– cada vez mais eu achava aquele Chapeleiro mais incrível... eu simplesmente pisquei e uma fogueira formou-se diante de meus olhos, fazendo com que eu conseguisse ver todos á minha frente. O Chapeleiro sorriu e completou: –Agora precisamos de alguém para vigiar se algum soldado se aproxima.
-Eu fico!– disse o Gato, como sempre, sorrindo –Não estou com sono mesmo... fiquem tranquilos. Lhes darei cobertura.– ele se transformou em fumaça e surgiu novamente sentado em um galho de árvore mais acima de nós.
-Então... uma boa noite á todos!– o Chapeleiro pegou um monte de folhas secas, juntou-as no chão e deitou-se sobre elas. Fizemos o mesmo. Me aproximei de Niall, que ajeitava as folhas no chão. Quando ele percebeu que estava ali, ele ergueu os olhos e sorriu levemente.
-Deita aqui.– eu me deitei sobre o monte que ele tinha feito. Não era a coisa mais confortável do mundo, mas era melhor do que dormir no chão. Ele se deitou do meu lado, e quando encostou sua mão sobre meu braço, percebeu que eu estava tremendo –Está com frio?– eu assenti com a cabeça. Ele tirou sua capa e cobriu meus braços. Aquilo me manteve mais quente, ainda mais com o calor de seu corpo passando para o meu.
-Obrigada, loiro...– eu me virei de frente pra ele e acariciei o cabelo dele. A luz da fogueira iluminava levemente os traços delicados de seu rosto e destacava o brilho de seus dentes perfeitos –Niall... eu estou com tanto medo de acontecer algo com você.– ele sorriu e brincou com meus dedos.
-Eu juro pra você que nada de mal vai acontecer comigo... nem com você. Confia em mim?
-Confio...
-Não senti firmeza.– eu ri.
-Eu confio, seu bobo!
-Melhorou.– nós dois rimos e ele beijou de leve meus lábios. Niall era o único que me confortava... então o beijo dele me fazia me sentir como se nada daquilo estivesse acontecendo. Como se eu estivesse deitada na nossa cama quentinha, no nosso quarto, juntinhos e iríamos acordar como sempre, iria receber seu “bom dia, anjo” e começar mais um dia normal.
Mas infelizmente, a maioria dessas coisas não podia acontecer naquele momento.
Mas eu tinha Niall, e meus melhores amigos ao meu lado. Eu estava muito cansada, então meu olhar foi ficando morteiro e fui adormecendo aos poucos sobre seu braço.
-Boa noite, meu anjo...– eu sorri automaticamente.
-Boa noite, loiro.– fechamos os olhos e adormecemos profundamente naquela floresta escura sobre as folhas secas.
P.O.V (Point Of View): Lívia.
Eu acordei no meio da noite assustada. Assustada com o silencio. Tudo estava escuro... todos quietos... eu conseguia ouvir somente os suspiros tranquilos de seus sonos profundos, e é claro, os roncos do Louis. Eu me sentei, me encolhi e pensei em ficar acordada até amanhecer.
Ouvi um barulho de alguém se movendo sobre as folhas secas próximas á mim. Conseguia ver somente as sombras de Zayn se movendo lentamente. Ele olhou pra mim e sussurrou com a voz rouca:
-Está acordada? O que foi?
-E-eu... nada.– ele se levantou e se sentou ao meu lado.
-Pode me falar.– eu suspirei.
-Você vai me achar...
-Você está com medo, não é?–eu abaixei a cabeça e assenti –Eu nunca iria te achar fraca, ou medrosa por sentir medo. Admito que eu também não estou conseguindo dormir. Não se preocupe, vamos ficar bem, eu te prometo.
-Você é o único que me acalma numa hora dessas, Zayn...– ele sorriu no canto da boca e olhou adiante das árvores.
-Pois saiba que eu estou apavorado.
-Somos dois.– ele deixou escapar um riso. Mesmo ele me dizendo que está apavorado, eu sei que ele estava sentindo algo á mais, mas Zayn é um cara completamente misterioso e difícil de se desvendar. Eu nunca sei o que ele pensa, o que ele sente... e isso me intriga. Isso me intriga á cada vez mais descobrir sobre quem ele é realmente. Eu quero cada vez mais ficar do seu lado e examinar seu olhar enigmático.
Ele sempre foi muito meu amigo, mas o que eu ando sentindo por ele é algo diferente do que sinto pelo Liam, do que sinto pelo Louis... e até do que sinto pelo Harry! É algo mais forte, algo mais estranho, algo mais... misterioso. -É que eu tenho medo de nunca mais ver minha família...- ele me olhava atentamente enquanto eu falava.
-Você nunca me contou sobre sua família.
-Bem, minha família é super legal! Eu tenho uma irmã mais velha e meus pais são muito importantes pra mim, sou super chegada á eles...- eu fiquei por um bom tempo conversando com ele sobre nossas famílias... cada vez mais, ele me ia encantando. Me contou coisas sobre a família dele que eu nunca imaginava.
-A minha família é bem rigorosa. Meu pai leva a religião muito á sério e por causa dessa coisa de ficar pegando no meu pé, eu acabei não tendo uma relação lá das melhores com ele.- o olhar de Zayn foi parar além -Eu queria poder dizer que o amo mais vezes...- eu pareci morrer por dentro.
-Não fala assim, Zayn. Você vai ver seu pai de novo, eu juro. Eu não vou deixar nada acontecer com você.- ele sorriu e eu o abracei.
-Quer que eu te faça companhia até você dormir?– eu sorri. A luz que a fogueira transmitia fazia com que os traços de seu rosto se destacassem levemente, me fazendo amolecer por dentro.
-Eu adoraria.– ele se deitou ao meu lado e para me fazer me sentir mais segura, ele entrelaçou seu braço sobre minha cintura. Assim que sua pele encontrou a minha, um arrepio percorreu pelo meu corpo todo. Que energia é essa que ele me passa? Nunca tinha sentido isso antes...
E mesmo com meu coração batendo forte em meu peito, consegui dormir profundamente.
P.O.V (Point Of View): Gabi.
Acordei com Niall beijando meu pescoço levemente. O garoto era atrevido até mesmo em situação dessas... Já tinha amanhecido, devia ser por volta das 7:30 da manhã.
-Vamos acordar, meu anjo?– eu acariciei seu rosto e dei-lhe um leve beijo nos lábios.
Hoje teríamos um dia cheio.
Eu dei uma olhada em volta, a maioria do pessoal já tinha acordado. Menos Carol e... espera, Zayn estava deitado juntinho á Lívia, que dormia em seus braços! O que tinha acontecido naquela noite que eu havia perdido? Perguntei á Niall e ele também não sabia...
Enfim, acordamos eles e desfizemos todos os rastros que podíamos ter deixado para trás (mesmo não adiantando, provavelmente a Rainha de Copas já sabia que estamos aqui) e seguimos em frente.
Quando eu fui andar atrás dos outros, Lívia segurou meu braço, fazendo que ficássemos pra trás.
-Lívia! O que..?
-Preciso falar com você.
-Ah, nem vem! A lança vou ser eu que vou usar! Eu me saí muito bem com ela quando derrotei aquele soldado e...
-Não é isso, sua tonta!
-Então o que..?
-Estou apaixonada pelo Zayn.

PRÓXIMO CAPÍTULO...
-Ah, que ótimo! Estamos perdidas!
-Meu Deus... e agora?
-Não seria melhor esperarmos? Ás vezes eles voltam pra procurar a gente.
-Não sei... acho melhor irmos atrás deles.
-Vamos nos perder mais ainda!
-E se eles não voltarem?

domingo, 2 de dezembro de 2012

Capítulo 6: O Gato Risonho e o Chapeleiro Louco


AVISOS:
Oiii, pessoal! :D Mais um capítulo pra vocês >.< Ah, e Carol... se você não voltar á ler, eu faço você morrer e faço a Lívia pegar o Harry u-u RUM' SIUAHDIUSDISUAH' Enfim, VOLTA Á LER CAROLINA! Espero que gostem do capítulo ;D Ah, e se não conseguem comentar pelo blogger, me envie uma ask (meu tumblr) me envie uma mention (meu twitter) ou me envie um e-mail para gabitozati98@hotmail.com ;* Boa leitura xXx
Gabs.

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-Gato risonho?
-Ao seu dispor!– o gato foi ganhando formas mais nítidas.
Seu pelo era malhado cinza com listras azuis, era felpudo e seu sorriso era gigante e brilhante. Seus olhos eram enormes, azuis bem claros que transmitiam conforto, logo seu corpo se formou atrás de sua cabeça –Adorei sua roupa, menina.
-Obrigada.– disse eu, sorrindo. O gato se aproximou de Harry e o encarou. Acho que Harry adorou ver um gato que ri... ele já tinha uma fascinação por eles –Alice?– nós seguramos o riso e Harry nos fitou friamente –Você parecia... menos masculina da ultima vez que a vi.– ele olhou para o corte nos braços de Harry –Se metendo em problemas novamente com o Bandersnatch?
-Bem, em primeiro lugar, não sou a Alice. Segundo, eu sou um menino, nem sei porque estou usando essas roupas! E terceiro, sim... foi esse maldito bicho que fez isso comigo.– o gato sorriu, mas algo me dizia que seu sorriso naquele momento só quis disfarçar seu medo.
-Deixe-me cuidar disso pra você.– o gato tirou um lenço magicamente do ar, e o envolveu no braço ferido de Harry.
-Obrigado.
-Mas enfim, quem são vocês? O que estão fazendo aqui?
-Somos pessoas... lá de cima. Se é que você me entende...– o gato assentiu, enquanto ajeitava delicadamente o pano no braço de Harry –estamos aqui por engano. Caímos pelo buraco sem querer. Queremos saber como sair daqui.
-Vocês tem que sair daqui rápido! Se a Rainha de Copas ficar sabendo que tem intrusos em seu reino, terão sérios problemas. Ela não gosta de... digamos, novas visitas.
-Que sérios problemas seriam esses?– questionou Niall. O gato fez uma pausa.
-Vocês terão que lutar contra o Jaguadarte.– nós nos entreolhamos assustados. Mesmo uma maioria de nós nem sequer sabendo o que era um Jaguadarte, aquilo soava completamente sinistro.
-M-mas quais são as possibilidades de conseguirmos ganhar?
-E o que exatamente é um Jaguadarte?– o gato deu de ombros.
-Nada é impossível, mas o Jaguadarte é o dragão gigante da Rainha de Copas. Ele foi derrotado muitos anos atrás por Alice....
-Mas se ele foi derrotado, como está vivo?
-O Jaguadarte se recompõe após um tempo... não é á toa que tem todo aquele poder.– eu estava meio aliviada. Se Alice conseguiu derrotá-lo, não seria impossível 8 amigos fazerem isso...
-Se a Rainha não souber que estamos aqui, nós conseguimos ir embora sem ter que matar o Jaguadarte?
-Certamente. Mas será muito difícil. Logo o reino perceberá que a porta de entrada do País das Maravilhas está aberta e irão procurar pelos intrusos.
-Meu Deus...– murmurou Harry –você é um gato! Que sorri! E que fala! Eu posso te levar pra casa?
-Não.
-Ah...
-Por favor, nos ajude!– eu supliquei –Será impossível conseguir sair daqui sem ajuda de alguém que já conhece o terreno.
-Eu irei fazer o possível para ajudá-los... ah, e ninguém lhes avisou ainda?
-O quê?
-Se vocês continuarem aqui após o pôr-do-sol de amanhã, vocês se transformarão nos personagens em que estão vestidos.– nós arregalamos os olhos e nos entreolhamos.
-O QUÊ?!– exclamou Harry –QUER DIZER QUE SE EU NÃO SAIR DAQUI ATÉ O PÔR-DO-SOL AMANHÃ EU VOU VIRAR A ALICE?
-Exatamente.– Harry pareceu enlouquecer.
-LIAM! VOCÊ TEM QUE ME DEIXAR ANDAR PELADO!
-Calma, gente! Nós vamos conseguir!– tentei parecer positiva –Vai demorar muito tempo?
-Temos o tempo suficiente.– eu segurei as mãos de Harry e olhei fundo em seus olhos.
-Nós vamos conseguir... é só ficarmos unidos.– Niall se aproximou e juntou sua mão ás de nós dois, sorrindo. Logo, Liam se juntou á nós, até que estávamos todos com as mãos unidas –Nada vai nos deter, certo?
-Certo!– confirmaram todos. Nós ficamos de pé e Liam dirigiu-se ao gato.
-Obrigado pelo apoio, Gato Risonho.
-Sempre á seu dispor, cavalheiro!
-Posso acariciar seu pelo?– perguntou Harry.
-Qual é o problema do garoto de vestido?
-Só um vício por gatos.
-Enfim, eu acho que conheço alguém que pode lhes ajudar. Sigam-me!– ele se transformou novamente em fumaça e correu por entre as árvores.
-Ei! Espera!– nós seguimos seus rastros brilhantes correndo. Olhei para Harry ao meu lado.
-Seu braço está melhor?
-Sim. Aquele lenço do gato pareceu sugar minhas dores.– seguimos o gato até chegarmos em um campo aberto.
Nele havia um rodamoinho velho, e uma mesa gigante. O céu que estava azul na entrada do País das Maravilhas, agora estava cinzento. Uma névoa cobria em volta do campo, deixando tudo mais misterioso. Uma mesa cheia de quitutes enorme se encontrava no meio do campo e assim que Niall viu aquilo, pareceu estar vendo uma miragem.
-Ah, Deus... comida!
Na mesa estavam sentados a Lebre de Março e o Chapeleiro Louco. Quando o Chapeleiro nos viu, ele sorriu e se levantou.
O Chapeleiro era um homem com cabelos ruivos desgrenhados para fora de sua cartola e com a pele completamente branca. Seus olhos eram verdes e expressivos, um sorriso psicopático, mas um olhar amigável.
-Temos visitas, Lebre!– a lebre, tremendo, se virou com os olhos arregalados nos olhando.
-Isso não é bom! Será gerada outra guerra por aqui! Vocês devem sair! Devem sair!– a lebre pegou uma xícara e jogou na direção de Louis, acertando-lhe a cabeça.
-Ai!– exclamou ele.
-Gostaríamos de sair daqui...– o Chapeleiro se aproximou de todos nós, sorrindo.
-Venham! Sente-se! Sou o Chapeleiro, é um grande prazer!– nós o obedecemos. Nos sentamos na mesa e Niall fitava tudo, lambendo os beiços.
-Puxa... não comi nada o dia todo! Isso parece delicioso!– o chapeleiro riu.
-Sirva-se, cavalheiro!– Niall começou á atacar os bolinhos coloridos em cima da mesa. O gato se sentou ao meu lado, á direita do Chapeleiro –Quem são vocês, afinal?
-Estamos aqui por engano...
-Precisamos ajudá-los á sair daqui sem sermos pegos pela Rainha de Copas, Chapeleiro.
-Será algo muito complicado. Ainda mais com o...
-Jaguadarte.– completou Liam –já ficamos sabendo.– o Chapeleiro parecia estar pensando.
-Se pedirmos ajuda á Rainha Branca, ela com certeza irá ajudá-los. Mas o reino dela fica bem longe, e talvez nesse período descubram que vocês estão aqui.
-Mas precisamos sair daqui antes do pôr-do-sol de amanhã.– o Chapeleiro sorriu.
-Então vamos agora!– ele saiu correndo sobre a mesa e me levantei.
-Vamos, gente!
-Aaah... mas eu to com fome!– exclamou Niall. Eu peguei a bandeja de bolinhos, segurei seu braço e corri atrás do pessoal. O Chapeleiro, antes de entrar de volta á floresta, virou-se e gritou á Lebre:
-Não vai conosco?
-N-não! Prefiro ficar aqui sozinho do que enfrentar perigos pelo caminho.
Esse comentário da Lebre não me encorajou nem um pouquinho.
Horas caminhando... ou o tempo do País das Maravilhas passava mais devagar. Aquela bandeja de bolinhos segurou a fome de Niall por algum tempo, mas logo depois já estava reclamando de sede. Realmente, nos faltava água e isso nos deixava desgastados cada vez mais. O Gato Risonho se deitou sobre meus ombros, ele pesava como uma nuvem e enrolava seu rabo felpudo em meu pescoço.
-Você está bem, querida?– estremeci com sua voz macia e grave perto dos meus ouvidos.
-Só um pouco assustada...
-Por que ficaria assustada?
-Nunca imaginei que isso poderia acontecer comigo... estou em um mundo de loucos. Nem mesmo sei se isso é realmente real.
-O impossível pode acontecer um dia, não é? Por isso precisamos estar preparados para surpresas...
-Tenho medo de nunca mais ver meu mundo novamente.
-Você está nele.– ele fez uma pausa –Você está vivendo seu mundo. O seu medo, isso são superações, devemos enfrentá-los um dia. Esse é seu mundo. Esse é o mundo de todos. O mundo dos loucos, o mundo dos que são únicos. Esse sonho que diz ser real, é seu.
-Eu posso mesmo viver o impossível, não é?– o gato sorriu.
-Você está vivendo o impossível. Aqui e fora daqui. Você nasceu devido á um fato impossível. Eram você e mais milhões. Você nasceu, você foi a vencedora, não era pra isso ser impossível? Só pense nas coisas impossíveis que estão acontecendo e o faça, já que está o vivendo.– o gato estava certo.
Se eu estava no País das Maravilhas, o que é impossível... se eu estava falando com um gato que sorri, o que é impossível... se eu estava procurando o castelo da Rainha Branca, o que é impossível... eu posso sair daqui, o que é impossível!
Eu posso fazer o impossível acontecer. Como tudo que estava acontecendo. Eu estava bem mais confiante, mas o medo de andar naquela floresta não havia passado.
Mais muito tempo caminhando... eu estava exausta e com muita sede. Minhas pernas tremiam, as coisas em minha frente ficavam embaçadas e meus olhos estavam pesados. O Chapeleiro parecia bem animado, assim como Niall, Lívia, Liam e o Gato. Zayn e Carol estavam praticamente dormindo enquanto andavam... eu queria poder ter esse dom.
-Você está bem?– perguntou-me Harry.
-Mais ou menos...– disse –Estou exausta e com muito sono!
-Suba nas minhas costas e descanse.
-Não, Harry! Eu não vou fazer isso! Você também está cansado e seu braço deve estar dolorido.
-Eu estou bem. Meu braço não está mais doendo. Suba!– eu estava muito sonolenta para discutir. Subi nas costas de Harry, entrelaçando meus braços sobre seu pescoço, encostando minha cabeça em sua nuca e ele segurou minhas pernas, mantendo-me confortável sobre ele. Ele caminhou um pouco até que fechei os olhos e adormeci rapidamente.