quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Capítulo 9: Queen Of Hearts

AVISOS:
Galeeeeeera desculpa mesmo a demora pra postar T-T Tem dois motivos: 1º- sempre que eu estava usando note, o caderno que eu escrevo os capítulos não está por perto. 2º: Eu não conseguia acessar minha conta do google de jeito nenhum, mas agora eu consegui! Ufa! Bem, vou postar agora pra vocês :B Beeeijos, boa leitura! DEIXE UM COMENTÁÁÁRIO!

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Não pude resistir ao impulso de sorrir discretamente.
É tão engraçado como Zayn conseguiu enganá-los tão facilmente... ele só tinha a mesma roupa, tirando isso, ele não tinha aqueles olhos brilhantes de rubi, nem a feição escura e horrenda. Pelo contrário, Zayn é adorável! Acho que os soldados não são lá tão espertos.
Entramos sobre uma área aberta em uma colina, aonde conseguíamos ver o castelo da Rainha de Copas e logo á frente, o da Rainha Branca.
Ah, se ela soubesse que estamos em problemas... ela com certeza ajudaria.
Os castelos eram ambos gigantescos, mas totalmente diferentes. O da Rainha de Copas era sombrio, com cores escuras e muitos soldados horripilantes rodeavam o local. Já o da Rainha Branca, era todo branco, brilhante, iluminado, era muito mais bonito... parecia ser um daqueles castelos das princesas da Disney.
Seguimos andando até chegarmos ao portão de entrada do castelo da Rainha de Copas. Uma neblina se formava abaixo de nossos pés e parece que lá o clima estava muito mais frio do que antes.
Dois guardas, um em cada lado, puxaram uma alavanca e o portão se abriu.
O salão de entrada era enorme, o piso de mármore polido intercalava com as cores brancas e pretas e brilhavam com a luz transmitida pelo lustre de diamantes. Várias portas estavam espalhadas pelo salão, os guardas nos posicionaram de frente para a maior delas e esperamos.
Depois, a porta se abriu bruscamente, causando um estrondo que ecoou pelo salão inteiro, nos assustando imediatamente.
A Rainha de Copas estava nos fitando friamente com um olhar cortante, que me fez estremecer. Ela tinha uma cabeça muito grande e desproporcional ao corpo. Usava uma coroa, um vestido parecido com o de Carol, mas mais rico em detalhes e mais apropriado ao nível de uma Rainha. A maquiagem dela escondia qualquer imperfeição presente em seu rosto, mas suas sobrancelhas franzidas faziam com que rugas se formassem sobre sua testa.
-O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI?!- gritou ela. A sua voz é aguda e esganiçada, meus ouvidos doeram ao ouvi-la.
-Desculpe-nos, majestade... é que...
-SILENCIO!- ela interrompeu Liam bruscamente -VOCÊS SÃO INTRUSOS! CORTEM-LHE AS CABEEEEEÇAS!
-C-calma, mas você nem sequer...
-SILENCIO!
-Temos o direito de nos defender!- disse Lívia já nervosa.
-Teriam esse direito se não estivessem em meus domínios!- a Rainha disse num tom de voz bem mais calmo, mas ainda sim, ela me dava arrepios.
Ela desceu os dois degraus em sua frente e andou em volta de nós, nos observando um por um. Assim que ela me olhou, eu ergui os olhos e a fitei friamente. Ela piscou e deu um leve sorrisinho, mas depois dirigiu seu olhar a Zayn, que apontava a lança pra mim e ficava com a postura de um soldado.
Os guardas podiam ser burros o suficiente para confundir Zayn com eles. Mas será que a Rainha também era?
-Que soldado é esse?- perguntou ela medindo-o com o olhar -Não vejo seus olhos de rubis, nem mesmo um rosto horrendo...
-Sou um novato, Vossa Majestade.- Zayn disse isso com um tom de voz tão realista, que até eu acreditaria se não soubesse quem ele realmente é.
-Hm. Entendo.- ela seguiu andando e Zayn me entreolhou, mas logo depois voltou á olhar pra frente. 
-Chapeleiro e Gato Risonho... não sabia que estavam nesse plano fajuto ao lado desses intrusos.
-Eles são inocentes, Majestade. Isso posso lhe garantir.- afirmou o Chapeleiro. A Rainha pareceu não dar ouvidos ao que ele disse, só continuou á nos observar.Até que ela parou na frente de Harry, olhou-o sorrindo e disse:
-Alice?- eu e o pessoal seguramos o riso. Harry bufou e disse calmamente:
-Não, Vossa Majestade. Meu nome é Harry Edward Styles. Não sei por qual motivo estou usando essas roupas de Alice, mas te garanto, eu sou um garoto.- a Rainha tirou-lhe o laço da cabeça, ele ajeitou o cabelo depois e ergueu o olhar á ela. 
Harry era a coisa mais adorável do mundo e acho que a Rainha também percebeu isso.
-Ora, ora... és um garoto muito encantador, permita-me dizer.- Harry deu um daqueles de seus sorrisos sedutores.
-Obrigado, Milady... Vossa Majestade és lindíssima, desculpe-me pela minha atrevidão.- a Rainha deu uma leve risadinha.
-Para um intruso, você parece ser agradável.- Harry balançou a cabeça.
-Peço-lhe desculpas, Vossa Majestade... eu e meus colegas estamos aqui por engano. Não foi nossa intenção invadir seu reino e...- a porta da frente se abriu em um estrondo e vimos a Rainha Branca correndo em nossa direção, ao lado da Lebre de Março.
É claro! A Lebre havia ficado na mesa, provavelmente foi pedir ajuda á Rainha Branca.
-NÃO CONDENE-OS!- gritou a Rainha Branca. A Rainha de Copas franziu o cenho e gritou novamente com a voz esganiçada:
-EU JÁ LHE DISSE QUE NÃO PODES JAMAIS COLOCAR OS PÉS EM MEU CASTELO, RAINHA BRANCA! 
-Perdoe-me, Rainha de Copas! Mas eles são inocentes! Não posso deixar que Vossa Majestade prenda-os.
-Farei o que eu decidir.- ela nos olhou novamente -Levem-os ás celas! Menos o cavalheiro aqui...- disse ela colocando a mão sobre o ombro de Harry. Ele arregalou os olhos olhando para Louis logo á seu lado. 
Assim que os guardas foram nos levar para a prisão, Zayn deu um paço á frente.
-Por favor, Majestade... poderia deixar eu cuidar dos prisioneiros?
-Como disse?
-Como sou novato, preciso aprender á como cumprir suas ordens corretamente. Por favor, me deixe levá-los até a prisão, essa será minha primeira ação como um soldado.- a Rainha hesitou, mas depois deu de ombros:
-Tudo bem. Mas tome cuidado, eles podem fugir.- ela se voltou á Harry sorrindo -Agora venha, querido... vou servir-lhe um jantar especial e podemos conversar melhor.- Harry forçou um sorriso á ela e depois mandou uma piscada á nós. 
Os outros soldados que nos apontavam as lanças, se afastaram e Zayn nos guiou até um corredor escuro onde a Rainha de Copas não pudesse nos ver. Logo atrás de nós, seguia a Rainha Branca. Até que ouvimos a porta do salão se fechar e eu o abracei.
-Oh, meu Deus! Aquilo foi incrível, Zayn!
-Aquelas aulas de atuação quando eu ainda era de Bradford valeram á pena!- disse ele rindo enquanto procurava as chaves para tirar nossas algemas. 
-Ok, e agora? Como podemos sair daqui?- perguntou Louis.
-Tem uma porta dos fundos aqui perto- disse a Rainha Branca -O castelo dela tem a mesma planta que o meu, só o design muda.
-Muito obrigado, Majestade.- disse Liam.
-Gente! E o Harry? Ele ficou lá com a Rainha de Copas!- disse Lívia.
-Pois é, Rainha mais abusada aquela! Fica tirando casquinha do meu Harold!- exclamou Louis cruzando os braços.
-Do nosso Harold, por favor, Louis!- corrigiu Carol.
-Teremos que inventar algum plano...- pensava Niall em voz alta -Mas qual?- o Chapeleiro sorriu.
-Companheiros, eu tive uma ideia.

PRÓXIMO CAPÍTULO...

-Você é daqueles tipos de cavalheiro, Harry, que eu sempre sonhei em me casar.
-C-casar?
-Sim! Ora pois, o seu sorriso és encantador, seus olhos são lindíssimos e tens uma cabeleira diferente de todas as outras! Sim, Harry! Quero que seja meu noivo.
-M-mas eu tenho 18 anos! E sou um intruso! Eu invadi seu país!
-Eu percebo agora que tudo foi um engando, Harry querido... e não há idade certa para dois corações apaixonados. O que me diz? Case-se comigo, Harry Edward Styles.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Capítulo 8: The End Of The Line


AVISOS:
Hehehe enganei vocêêês! A Lívia está apaixonada pelo Zayn lalalalalala. Mas não vou falar se eles vão acabar juntos, se alguém se meterá no meio, ou se eles vão pelo menos acabar VIVOS. Mas enfim, espero que gostem desse capítulo :D A fic está quase no fim :C BUAAA! Mas espero que vocês leiam a próxima que eu irei postar ;D Se chama: Accidentally in Love. Eu estou fazendo ela junto com minha amiga Paula! Boa leituuura, amores! Deixem comentários! Beijos
Gabs xx

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-Meu Deus!– Lívia? Pelo Zayn? Mas eles são tão amigos! Nunca imaginei que ela pudesse sentir algo assim por ele... nunca reparei nela olhando pra ele de um jeito diferente.
-É. Já faz um tempo que venho o observando. Ele me faz sentir diferente e parece que cada vez que eu passo mais tempo com ele, mais ele me deixa confusa sobre meus sentimentos... e confusa sobre ele mesmo.
-Zayn é mesmo um bom partido! Ele é lindíssimo, engraçado, divertido, misterioso, sexy, tem uma voz incrível e...
-Já ta bom, né?– eu gargalhei.
-Mas eu nunca imaginei você e ele... você sabe...
-É, eu sei. Nem eu.
-Estou surpresa.
-Imagino.
-Vou falar com ele!
-NÃO! Você é louca? Iria te pedir pra você deixar isso em segredo, por favor!
-Mas por que? Qual é o problema de ele saber?
-Nossa amizade pode estar em risco. Não quero que as coisas mudem... desde que forem pra melhor!– ela me lançou um sorriso travesso e eu gargalhei.
-Zayn é compreensivo.
-Mas não quero que você conte pra ninguém! Depois vou falar com Harry. Fora ele, ninguém!
-Nem pra Carol?
-A Carol é muito próxima á Zayn. No fim, ela acabaria contando.
-Mas o Harry é muito próximo á Carol!
-Sim, mas ele consegue guardar segredo.
-Coitada da Carol!– nós rimos.
-Não foi isso que quis dizer! Você me entendeu, Gabriela!– eu ri e ficamos conversando por tanto tempo, que acabamos nos separando dos outros –Ah! Que ótimo! Estamos perdidas!
-Vamos tentar segui-los!– corremos pelo caminho que eles tinham feito, mas não conseguimos alcançá-los.
-Ah, meu Deus. E agora?
-Não seria melhor esperarmos? Ás vezes eles voltam pra procurar a gente.
-Não sei... acho melhor irmos atrás deles.
-Vamos nos perder mais ainda!
-E se eles não voltarem?– pois é, acho que estávamos em problemas –O que vamos fazer?
-Eu tenho um plano.– disse eu, sorrindo pra Lívia.
-O quê?
-Vamos gritar como loucas para eles ouvirem!– assim que ia abrir a boca pra gritar, Lívia tapou-a com a mão.
-Está louca?! Devem ter um monte de soldados espalhados pela floresta! Se gritarmos, estamos ferradas!
-Você tem método melhor?– ela me encarou e começamos á gritar juntas:
-LIIIAM! CHAPELEEEEIRO! LOOOOUIS! HAAARRY!– gritávamos os nomes deles sem parar, até que Lívia me disse:
-Ei, para! Escuta!– eu parei por um instante e ouvi o barulho das folhas se movendo próximas á nós. Meu primeiro impulso foi correr até lá, puxar as folhas e encontrar nossos amigos. Mas eu corri até lá, puxei as folhas e não encontrei meus amigos. Quem estava lá era um soldado da Rainha de Copas, e assim que meu olhar se encontrou ao dele, eu puxei Lívia e saímos correndo.
Depois de alguns minutos correndo, conseguimos deixá-lo pra trás, mas esbarramos em alguém e caímos de costas no chão. Eu tinha achado que era mais algum soldado, só que antes de eu dar um chute nele, percebi que era Liam parado na minha frente.
-Ah! Vocês estão aí! Graças á Deus!– disse ele, aliviado. Eu e Lívia nos levantamos rapidamente e tentamos falar para fugirem, mas Niall me agarrou e disse, quase chorando:
-Suas loucas! Nunca mais fiquem pra trás desse jeito! Quase morri do coração e...– eu achava que Niall estava sendo exagerado, até Zayn empurrá-lo e abraçar Lívia enquanto gritava:
-AHMEUDEUSVOCÊQUASEMEMATOUDESUSTOPENSEIQUENUNCAMAISIATEVERNOVAMENTEJAMAISFAÇAISSODENOVOSUALOUCA...– todos encaramos ele, os dois coraram e ele se afastou dela, parecendo um tomate –Q-quer dizer, estamos felizes vendo que estão bem.– fiquei com vontade de rir dessa situação, mas me lembrei do soldado que nos perseguia.
-Gente! Nós temos que...
-Como vocês conseguiram se perder desse jeito?
-Calma! Escutem! Tem um...
-Nunca mais fiquem pra trás desse jeito! É perigoso.
-Será perigoso se vocês não nos ouvirem agora! Tem um...
-Não se lembram daquele negócio de “ficarmos unidos”?
-CALEM A BOCA E NOS ESCUTEM!– assim que Lívia gritou isso, todos se calaram e arregalaram os olhos –Calma, gente. Não precisa me olhar assim! Eu tive que chamar a atenção de vocês de alguma forma e...
-N-não é de você que estamos assustados.– Lívia se virou e deu de cara com o soldado que nos perseguia. Nós corremos imediatamente, mas seria bem difícil nos livrarmos dele... ele estava na nossa cola! Eu não sabia se conseguiríamos escapar, ainda mais depois que Carol tropeçou e ficou pra trás.
-CAROL!– gritou Harry, já correndo pra lá. O soldado agarrou-a pelo vestido e Harry tentou acertá-lo.
-HARRY! VOLTA!– tentamos alertá-lo. Mas assim que gritamos isso, Harry já estava preso pelos braços do soldado. Ele apontou a lança no pescoço dos dois e nos disse com a voz cortante:
-Se rendam, ou seus amigos morrem aqui mesmo.– Harry moveu sua mão lentamente, entrelaçou-a a de Carol, logo á seu lado, e nos olhou com piedade.
Eu entreolhei os outros, até mesmo o Chapeleiro parecia não ter idéia do que fazer. Ele deu um passo á frente e esticou os punhos para o soldado, rendendo-se. Depois, mais quatro deles chegaram e nos apontaram lanças.
Era isso então? Iríamos ser presos? Acabou? Agora iríamos ter todas nossas cabeças cortadas fora pela Rainha de Copas?
Eu mantive minhas mãos para trás, como todos os outros e os guardas me algemaram. Seguimos andando, com a sensação de um cachorro que acabara de ser capturado pelo canil, frustrados. Essa era a palavra certa. Frustração. Com certeza, não era só eu que achava que realmente conseguiríamos sair de lá. Todos estávamos determinados á seguir em frente, sem desistir.
Quando eu estava prestes á perder as esperanças, olhei para o soldado ao meu lado e acho que conseguiríamos sair de lá. Por que? Porque Zayn estava segurando meu braço, enquanto apontava a lança para mim e me conduzia logo atrás dos outros guardas e dos outros prisioneiros.
Lógico! Zayn estava vestido de soldado de Copas! Provavelmente os outros guardas nem sequer notaram a diferença, mesmo ele sendo mil vezes mais adorável e parecido com um humano sem aqueles olhos vermelhos brilhantes... além de Zayn ser ótimo em artes cênicas, conseguia fazer a mesma expressão que os outros e até mesmo marchar identicamente.
Acho que nem tudo estava perdido... por enquanto.

PRÓXIMO CAPÍTULO:

-O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI, INTRUSOS?!
-Desculpe-nos, majestade... é que...
-SILENCIO! VOCÊS SÃO INTRUSOS! CORTEM-LHE AS CABEEEEEÇAS!
-C-calma, mas você nem sequer...
-SILENCIO!
-Temos o direito de nos defender!
-Teriam esse direito se não estivessem em meus domínios! 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Capítulo 7: Don't be Afraid


AVISOS:
Hey, guys! Espero que gostem desse capítulo! E sim, o fim vai surpreender muita gente! :B Vocês vão entender assim que lerem! Ah, e quando eu acabar essa fanfic, eu vou começar outra com minha amiga Paula! ^-^ nós já inventamos várias partes e quando eu acabar essa e ela estiver livre, nós vamos postar e vou colocar o link aqui pra vocês lerem! :D Vai ser super legal, nós juramos! ;D 
3BJS PRA LÍVIA QUE FICOU ME ENCHENDO O SACO PRA POSTAR LOGO ESSE CAPÍTULO! 
Boa leitura! xx

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Acordei sobre um monte de folhas secas. Deve ter sido trabalho do Chapeleiro... tão cuidadoso com as coisas. Estava bem mais descansada, mas com uma tremenda dor nas costas. Senti pena de Harry. Ter que me carregar até lá? Olhei para o céu, escondido através das folhas das enormes árvores. O dia ainda estava escurecendo, mesmo escondido pelas nuvens escuras. Vi o pessoal ajoelhado na beira de um pequeno laguinho bebendo água.
Assim que fui me levantar para me juntar á eles, ouvi barulhos vindo atrás do arbusto do qual estava bem em minhas costas. Eu me movi lentamente e dei uma espiada.
Essa não...
Eram dois guardas da Rainha de Copas. Pelo visto, o reino dela já havia descobrido que intrusos estavam em seu mundo... Não sei como não ouviram os barulhos do pessoal próximo ao lago, mas eles estavam conversando e olhando para todos os lados contendo grandes lanças pontiagudas nas mãos.
Me movi o mais silenciosamente que consegui. Quando cheguei perto do pessoal, pedi á eles para manterem silencio.
-Vamos sair daqui agora! Depois explico!– sussurrei, tentada á pegar um pouco de água, mas isso provocaria muito barulho.
-Por que?
-Shhhh!– eu me levantei lentamente e fiz um sinal para eles me seguirem. Todos me seguiram em silencio, contornei atrás das árvores longe dos guardas, até que estávamos conseguindo passar por eles...
-Preciso espirrar!– sussurrou Niall.
-Segura isso, por favor!– não adiantou, Niall espirrou mesmo assim.
-Atchim!– percebi que os sussurros dos policiais pararam. Com certeza eles haviam nos ouvido, até que eles se viraram para trás e nos viram.
-Corre!– gritei. E assim foi feito. Todos nós corremos e os guardas logo atrás de nós. Niall não estava conseguindo correr direito, um dos guardas quase o alcançava com sua lança, eu segurei sua mão e o ajudei á aumentar a velocidade.
Os guardas não nos davam folga, não conseguíamos nem despistá-los, nem escaparmos, nem mesmo pensar em nada... até que Liam, ao meu lado, gritou á Louis:
-Me empresta sua cartola!- essa era a primeira vez que ele se dirigia á Louis desde que chegamos aqui.
-M-mas...
-Quer continuar vivo, ou não?– Louis entregou-lhe a cartola, e Liam jogou-a na direção dos guardas. Ela atingiu um deles em seus pés, ele rolou para trás, deixando sua lança jogada no chão um pouco á nossa frente. E eu tive uma ideia.
-Me deixem passar!– eu abri passagem sobre eles, ficando na frente de todos. Segurei a lança pelo cabo e esperei todos passarem por mim.
-O que vai fazer?!– gritou Lívia. Eu tinha que me concentrar, então acabei nem respondendo. Tomara que eu não perca a cabeça...
O guarda vinha chegando rapidamente em minha direção, e quando ele ia acertar a lança em mim, eu me deitei no chão e ele acabou passando por cima de mim. Me levantei rapidamente e, como ele estava de virado em outra direção, peguei minha lança rapidamente e o bati nas costas, cravando a ponta nele e fazendo-o cair de joelhos. Como ele era uma carta de baralho, não sangrou nada... mas ele morreu diante de nós.
Todos me encararam, incrédulos.
-C-como você...
-Se eu terei que enfrentar um Jaguadarte...– disse eu, ofegante –...tive que começar com um treinamento de como matar esses guardas mixurucas.– eles riram. Eu me abaixei, recolhi o capacete, a armadura de seu tórax e tirei-lhe a bainha –Podemos usar isso para a batalha se for preciso.
-Isso!– concordou Liam –Agora vamos sair daqui antes que o outro se levante e nos alcance.– saímos correndo até escurecer.
Estávamos todos acabados de tanto caminhar, então o Chapeleiro disse que seria melhor descansarmos. Já estava escuro. A floresta ficou ainda mais arrepiante, e o frio aumentou muito, me fazendo tremer não somente de medo... nem sabia quem estava do meu lado de tão escuro que estava, só sei que apertei-lhe a mão.
-Está tudo bem?– disse Louis. Ah, era ele...
-Sim... s-só com um pouco de medo.– ele estremeceu.
-Precisamos de uma fogueira para nos manter aquecidos.– cada vez mais eu achava aquele Chapeleiro mais incrível... eu simplesmente pisquei e uma fogueira formou-se diante de meus olhos, fazendo com que eu conseguisse ver todos á minha frente. O Chapeleiro sorriu e completou: –Agora precisamos de alguém para vigiar se algum soldado se aproxima.
-Eu fico!– disse o Gato, como sempre, sorrindo –Não estou com sono mesmo... fiquem tranquilos. Lhes darei cobertura.– ele se transformou em fumaça e surgiu novamente sentado em um galho de árvore mais acima de nós.
-Então... uma boa noite á todos!– o Chapeleiro pegou um monte de folhas secas, juntou-as no chão e deitou-se sobre elas. Fizemos o mesmo. Me aproximei de Niall, que ajeitava as folhas no chão. Quando ele percebeu que estava ali, ele ergueu os olhos e sorriu levemente.
-Deita aqui.– eu me deitei sobre o monte que ele tinha feito. Não era a coisa mais confortável do mundo, mas era melhor do que dormir no chão. Ele se deitou do meu lado, e quando encostou sua mão sobre meu braço, percebeu que eu estava tremendo –Está com frio?– eu assenti com a cabeça. Ele tirou sua capa e cobriu meus braços. Aquilo me manteve mais quente, ainda mais com o calor de seu corpo passando para o meu.
-Obrigada, loiro...– eu me virei de frente pra ele e acariciei o cabelo dele. A luz da fogueira iluminava levemente os traços delicados de seu rosto e destacava o brilho de seus dentes perfeitos –Niall... eu estou com tanto medo de acontecer algo com você.– ele sorriu e brincou com meus dedos.
-Eu juro pra você que nada de mal vai acontecer comigo... nem com você. Confia em mim?
-Confio...
-Não senti firmeza.– eu ri.
-Eu confio, seu bobo!
-Melhorou.– nós dois rimos e ele beijou de leve meus lábios. Niall era o único que me confortava... então o beijo dele me fazia me sentir como se nada daquilo estivesse acontecendo. Como se eu estivesse deitada na nossa cama quentinha, no nosso quarto, juntinhos e iríamos acordar como sempre, iria receber seu “bom dia, anjo” e começar mais um dia normal.
Mas infelizmente, a maioria dessas coisas não podia acontecer naquele momento.
Mas eu tinha Niall, e meus melhores amigos ao meu lado. Eu estava muito cansada, então meu olhar foi ficando morteiro e fui adormecendo aos poucos sobre seu braço.
-Boa noite, meu anjo...– eu sorri automaticamente.
-Boa noite, loiro.– fechamos os olhos e adormecemos profundamente naquela floresta escura sobre as folhas secas.
P.O.V (Point Of View): Lívia.
Eu acordei no meio da noite assustada. Assustada com o silencio. Tudo estava escuro... todos quietos... eu conseguia ouvir somente os suspiros tranquilos de seus sonos profundos, e é claro, os roncos do Louis. Eu me sentei, me encolhi e pensei em ficar acordada até amanhecer.
Ouvi um barulho de alguém se movendo sobre as folhas secas próximas á mim. Conseguia ver somente as sombras de Zayn se movendo lentamente. Ele olhou pra mim e sussurrou com a voz rouca:
-Está acordada? O que foi?
-E-eu... nada.– ele se levantou e se sentou ao meu lado.
-Pode me falar.– eu suspirei.
-Você vai me achar...
-Você está com medo, não é?–eu abaixei a cabeça e assenti –Eu nunca iria te achar fraca, ou medrosa por sentir medo. Admito que eu também não estou conseguindo dormir. Não se preocupe, vamos ficar bem, eu te prometo.
-Você é o único que me acalma numa hora dessas, Zayn...– ele sorriu no canto da boca e olhou adiante das árvores.
-Pois saiba que eu estou apavorado.
-Somos dois.– ele deixou escapar um riso. Mesmo ele me dizendo que está apavorado, eu sei que ele estava sentindo algo á mais, mas Zayn é um cara completamente misterioso e difícil de se desvendar. Eu nunca sei o que ele pensa, o que ele sente... e isso me intriga. Isso me intriga á cada vez mais descobrir sobre quem ele é realmente. Eu quero cada vez mais ficar do seu lado e examinar seu olhar enigmático.
Ele sempre foi muito meu amigo, mas o que eu ando sentindo por ele é algo diferente do que sinto pelo Liam, do que sinto pelo Louis... e até do que sinto pelo Harry! É algo mais forte, algo mais estranho, algo mais... misterioso. -É que eu tenho medo de nunca mais ver minha família...- ele me olhava atentamente enquanto eu falava.
-Você nunca me contou sobre sua família.
-Bem, minha família é super legal! Eu tenho uma irmã mais velha e meus pais são muito importantes pra mim, sou super chegada á eles...- eu fiquei por um bom tempo conversando com ele sobre nossas famílias... cada vez mais, ele me ia encantando. Me contou coisas sobre a família dele que eu nunca imaginava.
-A minha família é bem rigorosa. Meu pai leva a religião muito á sério e por causa dessa coisa de ficar pegando no meu pé, eu acabei não tendo uma relação lá das melhores com ele.- o olhar de Zayn foi parar além -Eu queria poder dizer que o amo mais vezes...- eu pareci morrer por dentro.
-Não fala assim, Zayn. Você vai ver seu pai de novo, eu juro. Eu não vou deixar nada acontecer com você.- ele sorriu e eu o abracei.
-Quer que eu te faça companhia até você dormir?– eu sorri. A luz que a fogueira transmitia fazia com que os traços de seu rosto se destacassem levemente, me fazendo amolecer por dentro.
-Eu adoraria.– ele se deitou ao meu lado e para me fazer me sentir mais segura, ele entrelaçou seu braço sobre minha cintura. Assim que sua pele encontrou a minha, um arrepio percorreu pelo meu corpo todo. Que energia é essa que ele me passa? Nunca tinha sentido isso antes...
E mesmo com meu coração batendo forte em meu peito, consegui dormir profundamente.
P.O.V (Point Of View): Gabi.
Acordei com Niall beijando meu pescoço levemente. O garoto era atrevido até mesmo em situação dessas... Já tinha amanhecido, devia ser por volta das 7:30 da manhã.
-Vamos acordar, meu anjo?– eu acariciei seu rosto e dei-lhe um leve beijo nos lábios.
Hoje teríamos um dia cheio.
Eu dei uma olhada em volta, a maioria do pessoal já tinha acordado. Menos Carol e... espera, Zayn estava deitado juntinho á Lívia, que dormia em seus braços! O que tinha acontecido naquela noite que eu havia perdido? Perguntei á Niall e ele também não sabia...
Enfim, acordamos eles e desfizemos todos os rastros que podíamos ter deixado para trás (mesmo não adiantando, provavelmente a Rainha de Copas já sabia que estamos aqui) e seguimos em frente.
Quando eu fui andar atrás dos outros, Lívia segurou meu braço, fazendo que ficássemos pra trás.
-Lívia! O que..?
-Preciso falar com você.
-Ah, nem vem! A lança vou ser eu que vou usar! Eu me saí muito bem com ela quando derrotei aquele soldado e...
-Não é isso, sua tonta!
-Então o que..?
-Estou apaixonada pelo Zayn.

PRÓXIMO CAPÍTULO...
-Ah, que ótimo! Estamos perdidas!
-Meu Deus... e agora?
-Não seria melhor esperarmos? Ás vezes eles voltam pra procurar a gente.
-Não sei... acho melhor irmos atrás deles.
-Vamos nos perder mais ainda!
-E se eles não voltarem?

domingo, 2 de dezembro de 2012

Capítulo 6: O Gato Risonho e o Chapeleiro Louco


AVISOS:
Oiii, pessoal! :D Mais um capítulo pra vocês >.< Ah, e Carol... se você não voltar á ler, eu faço você morrer e faço a Lívia pegar o Harry u-u RUM' SIUAHDIUSDISUAH' Enfim, VOLTA Á LER CAROLINA! Espero que gostem do capítulo ;D Ah, e se não conseguem comentar pelo blogger, me envie uma ask (meu tumblr) me envie uma mention (meu twitter) ou me envie um e-mail para gabitozati98@hotmail.com ;* Boa leitura xXx
Gabs.

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-Gato risonho?
-Ao seu dispor!– o gato foi ganhando formas mais nítidas.
Seu pelo era malhado cinza com listras azuis, era felpudo e seu sorriso era gigante e brilhante. Seus olhos eram enormes, azuis bem claros que transmitiam conforto, logo seu corpo se formou atrás de sua cabeça –Adorei sua roupa, menina.
-Obrigada.– disse eu, sorrindo. O gato se aproximou de Harry e o encarou. Acho que Harry adorou ver um gato que ri... ele já tinha uma fascinação por eles –Alice?– nós seguramos o riso e Harry nos fitou friamente –Você parecia... menos masculina da ultima vez que a vi.– ele olhou para o corte nos braços de Harry –Se metendo em problemas novamente com o Bandersnatch?
-Bem, em primeiro lugar, não sou a Alice. Segundo, eu sou um menino, nem sei porque estou usando essas roupas! E terceiro, sim... foi esse maldito bicho que fez isso comigo.– o gato sorriu, mas algo me dizia que seu sorriso naquele momento só quis disfarçar seu medo.
-Deixe-me cuidar disso pra você.– o gato tirou um lenço magicamente do ar, e o envolveu no braço ferido de Harry.
-Obrigado.
-Mas enfim, quem são vocês? O que estão fazendo aqui?
-Somos pessoas... lá de cima. Se é que você me entende...– o gato assentiu, enquanto ajeitava delicadamente o pano no braço de Harry –estamos aqui por engano. Caímos pelo buraco sem querer. Queremos saber como sair daqui.
-Vocês tem que sair daqui rápido! Se a Rainha de Copas ficar sabendo que tem intrusos em seu reino, terão sérios problemas. Ela não gosta de... digamos, novas visitas.
-Que sérios problemas seriam esses?– questionou Niall. O gato fez uma pausa.
-Vocês terão que lutar contra o Jaguadarte.– nós nos entreolhamos assustados. Mesmo uma maioria de nós nem sequer sabendo o que era um Jaguadarte, aquilo soava completamente sinistro.
-M-mas quais são as possibilidades de conseguirmos ganhar?
-E o que exatamente é um Jaguadarte?– o gato deu de ombros.
-Nada é impossível, mas o Jaguadarte é o dragão gigante da Rainha de Copas. Ele foi derrotado muitos anos atrás por Alice....
-Mas se ele foi derrotado, como está vivo?
-O Jaguadarte se recompõe após um tempo... não é á toa que tem todo aquele poder.– eu estava meio aliviada. Se Alice conseguiu derrotá-lo, não seria impossível 8 amigos fazerem isso...
-Se a Rainha não souber que estamos aqui, nós conseguimos ir embora sem ter que matar o Jaguadarte?
-Certamente. Mas será muito difícil. Logo o reino perceberá que a porta de entrada do País das Maravilhas está aberta e irão procurar pelos intrusos.
-Meu Deus...– murmurou Harry –você é um gato! Que sorri! E que fala! Eu posso te levar pra casa?
-Não.
-Ah...
-Por favor, nos ajude!– eu supliquei –Será impossível conseguir sair daqui sem ajuda de alguém que já conhece o terreno.
-Eu irei fazer o possível para ajudá-los... ah, e ninguém lhes avisou ainda?
-O quê?
-Se vocês continuarem aqui após o pôr-do-sol de amanhã, vocês se transformarão nos personagens em que estão vestidos.– nós arregalamos os olhos e nos entreolhamos.
-O QUÊ?!– exclamou Harry –QUER DIZER QUE SE EU NÃO SAIR DAQUI ATÉ O PÔR-DO-SOL AMANHÃ EU VOU VIRAR A ALICE?
-Exatamente.– Harry pareceu enlouquecer.
-LIAM! VOCÊ TEM QUE ME DEIXAR ANDAR PELADO!
-Calma, gente! Nós vamos conseguir!– tentei parecer positiva –Vai demorar muito tempo?
-Temos o tempo suficiente.– eu segurei as mãos de Harry e olhei fundo em seus olhos.
-Nós vamos conseguir... é só ficarmos unidos.– Niall se aproximou e juntou sua mão ás de nós dois, sorrindo. Logo, Liam se juntou á nós, até que estávamos todos com as mãos unidas –Nada vai nos deter, certo?
-Certo!– confirmaram todos. Nós ficamos de pé e Liam dirigiu-se ao gato.
-Obrigado pelo apoio, Gato Risonho.
-Sempre á seu dispor, cavalheiro!
-Posso acariciar seu pelo?– perguntou Harry.
-Qual é o problema do garoto de vestido?
-Só um vício por gatos.
-Enfim, eu acho que conheço alguém que pode lhes ajudar. Sigam-me!– ele se transformou novamente em fumaça e correu por entre as árvores.
-Ei! Espera!– nós seguimos seus rastros brilhantes correndo. Olhei para Harry ao meu lado.
-Seu braço está melhor?
-Sim. Aquele lenço do gato pareceu sugar minhas dores.– seguimos o gato até chegarmos em um campo aberto.
Nele havia um rodamoinho velho, e uma mesa gigante. O céu que estava azul na entrada do País das Maravilhas, agora estava cinzento. Uma névoa cobria em volta do campo, deixando tudo mais misterioso. Uma mesa cheia de quitutes enorme se encontrava no meio do campo e assim que Niall viu aquilo, pareceu estar vendo uma miragem.
-Ah, Deus... comida!
Na mesa estavam sentados a Lebre de Março e o Chapeleiro Louco. Quando o Chapeleiro nos viu, ele sorriu e se levantou.
O Chapeleiro era um homem com cabelos ruivos desgrenhados para fora de sua cartola e com a pele completamente branca. Seus olhos eram verdes e expressivos, um sorriso psicopático, mas um olhar amigável.
-Temos visitas, Lebre!– a lebre, tremendo, se virou com os olhos arregalados nos olhando.
-Isso não é bom! Será gerada outra guerra por aqui! Vocês devem sair! Devem sair!– a lebre pegou uma xícara e jogou na direção de Louis, acertando-lhe a cabeça.
-Ai!– exclamou ele.
-Gostaríamos de sair daqui...– o Chapeleiro se aproximou de todos nós, sorrindo.
-Venham! Sente-se! Sou o Chapeleiro, é um grande prazer!– nós o obedecemos. Nos sentamos na mesa e Niall fitava tudo, lambendo os beiços.
-Puxa... não comi nada o dia todo! Isso parece delicioso!– o chapeleiro riu.
-Sirva-se, cavalheiro!– Niall começou á atacar os bolinhos coloridos em cima da mesa. O gato se sentou ao meu lado, á direita do Chapeleiro –Quem são vocês, afinal?
-Estamos aqui por engano...
-Precisamos ajudá-los á sair daqui sem sermos pegos pela Rainha de Copas, Chapeleiro.
-Será algo muito complicado. Ainda mais com o...
-Jaguadarte.– completou Liam –já ficamos sabendo.– o Chapeleiro parecia estar pensando.
-Se pedirmos ajuda á Rainha Branca, ela com certeza irá ajudá-los. Mas o reino dela fica bem longe, e talvez nesse período descubram que vocês estão aqui.
-Mas precisamos sair daqui antes do pôr-do-sol de amanhã.– o Chapeleiro sorriu.
-Então vamos agora!– ele saiu correndo sobre a mesa e me levantei.
-Vamos, gente!
-Aaah... mas eu to com fome!– exclamou Niall. Eu peguei a bandeja de bolinhos, segurei seu braço e corri atrás do pessoal. O Chapeleiro, antes de entrar de volta á floresta, virou-se e gritou á Lebre:
-Não vai conosco?
-N-não! Prefiro ficar aqui sozinho do que enfrentar perigos pelo caminho.
Esse comentário da Lebre não me encorajou nem um pouquinho.
Horas caminhando... ou o tempo do País das Maravilhas passava mais devagar. Aquela bandeja de bolinhos segurou a fome de Niall por algum tempo, mas logo depois já estava reclamando de sede. Realmente, nos faltava água e isso nos deixava desgastados cada vez mais. O Gato Risonho se deitou sobre meus ombros, ele pesava como uma nuvem e enrolava seu rabo felpudo em meu pescoço.
-Você está bem, querida?– estremeci com sua voz macia e grave perto dos meus ouvidos.
-Só um pouco assustada...
-Por que ficaria assustada?
-Nunca imaginei que isso poderia acontecer comigo... estou em um mundo de loucos. Nem mesmo sei se isso é realmente real.
-O impossível pode acontecer um dia, não é? Por isso precisamos estar preparados para surpresas...
-Tenho medo de nunca mais ver meu mundo novamente.
-Você está nele.– ele fez uma pausa –Você está vivendo seu mundo. O seu medo, isso são superações, devemos enfrentá-los um dia. Esse é seu mundo. Esse é o mundo de todos. O mundo dos loucos, o mundo dos que são únicos. Esse sonho que diz ser real, é seu.
-Eu posso mesmo viver o impossível, não é?– o gato sorriu.
-Você está vivendo o impossível. Aqui e fora daqui. Você nasceu devido á um fato impossível. Eram você e mais milhões. Você nasceu, você foi a vencedora, não era pra isso ser impossível? Só pense nas coisas impossíveis que estão acontecendo e o faça, já que está o vivendo.– o gato estava certo.
Se eu estava no País das Maravilhas, o que é impossível... se eu estava falando com um gato que sorri, o que é impossível... se eu estava procurando o castelo da Rainha Branca, o que é impossível... eu posso sair daqui, o que é impossível!
Eu posso fazer o impossível acontecer. Como tudo que estava acontecendo. Eu estava bem mais confiante, mas o medo de andar naquela floresta não havia passado.
Mais muito tempo caminhando... eu estava exausta e com muita sede. Minhas pernas tremiam, as coisas em minha frente ficavam embaçadas e meus olhos estavam pesados. O Chapeleiro parecia bem animado, assim como Niall, Lívia, Liam e o Gato. Zayn e Carol estavam praticamente dormindo enquanto andavam... eu queria poder ter esse dom.
-Você está bem?– perguntou-me Harry.
-Mais ou menos...– disse –Estou exausta e com muito sono!
-Suba nas minhas costas e descanse.
-Não, Harry! Eu não vou fazer isso! Você também está cansado e seu braço deve estar dolorido.
-Eu estou bem. Meu braço não está mais doendo. Suba!– eu estava muito sonolenta para discutir. Subi nas costas de Harry, entrelaçando meus braços sobre seu pescoço, encostando minha cabeça em sua nuca e ele segurou minhas pernas, mantendo-me confortável sobre ele. Ele caminhou um pouco até que fechei os olhos e adormeci rapidamente.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Capítulo 5: O Bandersnatch


AVISOS: 
Heeey, meus amores :D Mais um capítulo! Ah, vão começar á aparecer várias coisas de Alice, tipo esse "Bandersnatch" e etc... Só quero que saibam que não vai acontecer exatamente como no filme, eu vou modificar bastante as coisas... As batalhas, como funcionam as coisas depois que a batalha foi vencida e etc. Beeeijos e boa leitura ;*

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-Eu não acredito que estamos aqui...– murmurou Louis.
Quando entramos, havia uma estrada de terra que se seguia para frente, cogumelos  coloridos gigantes estavam em nossa volta, a grama era em verde brilhante, o ar era úmido, mas frio. Quando olhávamos para cima, víamos árvores gigantescas e um céu azul se escondia por trás das folhas.
-Aqui é tão...
-Maravilhoso?– nós medíamos o lugar com o olhar.
-Cogumelos gigantes!– exclamou Louis, já escalando um deles.
-Eu poderia pegar um pedaço disso e examiná-lo mais tarde...– Liam olhava para os cogumelos, curioso.
-Essa umidade está destruindo meu cabelo!– exclamava Zayn.
-Eu posso comer isso?– perguntou Niall para Lívia, segurando um pedaço de cogumelo.
-Sei lá. Experimenta!– Niall examinou o pequeno pedaço, depois o colocou na boca e mastigou –É bom?
-É... Não é tão ruim.– depois de sete segundos, Niall começou á crescer muito rapidamente. Parecíamos formigas perto dele. Nos assustamos e recuamos para não sermos esmagados pelos seus pés que cresciam até ficarem do tamanho de um ônibus.
-Por favor, Niall...– disse Carol, com os olhos arregalados –Não se mexa nem um centímetro á mais!
-Por que ele está assim?
-Na verdade, nós é que estamos muito pequenos por causa do antídoto que bebemos para passar pela porta. Niall está no tamanho normal.– explicou Lívia, pegando um pedaço do mesmo cogumelo que Niall comeu –Cada um precisa comer da mesma quantidade que ele.
-Quanto ele comeu?
-Eu vi... foi mais ou menos assim.– ela repartiu um pedaço grande ao meio, ficando só do tamanho equivalente á uma moeda. Todos fizemos o mesmo e nos distanciamos, para quando crescermos, não esmagarmos uns aos outros.
Aquele cogumelo tinha gosto normal... parecia champiñon. Depois de alguns segundos senti meu corpo tremer e quando notei, tudo em minha volta começou á diminuir... ou melhor, eu comecei á crescer. Me encontrei na mesma altura que Niall, que sorriu pra mim.
Lembra quando ele sabia como me tranqüilizar como um simples gesto? Tipo... aquele sorriso? Pois é, ele fez aquilo de novo.
Eu, por um instante, não estava mais no País das Maravilhas. Meu coração aqueceu-se... eu estava novamente dentro do quarto dos meninos, que eu sempre dormia quando estavam lá... eu estava envolvida em seus braços, embaixo de um cobertor quentinho, sentindo o calor de seu beijo. Até que Liam me cutucou, e voltei á realidade.
-Vou dar uma checada aqui na área para ver se não tem nada de perigoso para podermos prosseguir.
-Você vai estar em risco, Liam...– disse Louis, preocupado. Liam suspirou, mas ainda com os olhos fixados em mim, ele se recusava á olhar para Louis.
-Vou ficar bem.– respondeu ele seco. Depois deu meia-volta e desapareceu por entre as folhas. Louis parecia muito chateado... Eu iria consolá-lo, mas Zayn o segurou pelo ombro e começou á lhe acalmar. Carol estava tremendo, ela sempre foi forte, sempre foi corajosa... mas aquela floresta estava a assustando muito. Harry envolveu-a em seus braços. E eu meio que sabia o que ela estava sentindo.
Quando você iria imaginar que entraria pra um lugar assim? Sem preparação? Eu nem fazia idéia! Eu sempre fui positiva, sempre quis enxergar o lado bom das coisas... mas isso? Isso era frustrante... eu comecei á me questionar se conseguiríamos sair dali um dia.
Eu estremeci, e lentamente, me sentei num cantinho sobre folhas secas no chão. Niall notou que eu estava com medo e se sentou ao meu lado.
-Ei, o que foi?– eu não respondi, só suspirei –Está com medo?
-Apavorada.– ele me envolveu em seus braços e me apertou contra seu corpo.
-Calma. Vamos conseguir sair daqui.
-Niall... eu admiro muito esse seu jeito positivo de ser. Eu também sou assim, mas vamos encarar a realidade, a possibilidade de sairmos daqui vivos é bem pequena.
-E vamos conseguir, sendo difícil ou não.
-Não percebe aonde estamos, Niall? Estamos no País das Maravilhas! Isso não é brincadeira...
-Eu sei que não é. Mas se ficarmos todos juntos, nós vamos conseguir. Não precisa ter medo, eu estou aqui pra você...– ele segurou meu queixo, e virou meu rosto na direção do seu. O brilho do seu olhar pairou diante de meus olhos e sua boca encontrou a minha, num longo e profundo beijo –Eu te prometo... eu vou te tirar daqui, tudo bem?– minha boca suplicava por outro beijo. Tudo que eu precisava agora era me sentir segura, e o beijo dele sabia como me fazer sentir isso. Eu aproximei meus lábios nos dele e o beijei novamente.
-Tudo bem...– ele sorriu pra mim e ajeitou seu corpo, fazendo minhas costas se encaixarem perfeitamente sobre seus braços.
Eu realmente me sentia mais segura em questão de conseguirmos escapar de lá, mas eu estava preocupada com Liam... já fazia um bom tempo que ele tinha saído.
-Não acho certo o Liam ficar checando se está tudo seguro por aí e nós aqui parados sem fazer nada...– disse Louis, medindo por onde Liam passou com o olhar –Vamos atrás dele.
-Louis, não vamos fazer isso. Vai que ele volta e não nos encontra aqui... vai piorar tudo!– disse Lívia.
-Ele já saiu faz um bom tempo! Não vou mais agüentar esperar! E se aconteceu algo com ele?
-Não ouvimos nenhum barulho, Louis...
-Então! Isso é muito estranho! Vamos logo!– tá, não adiantava tentar discutir com Louis... mas alguma coisa me dizia que ele estava certo dessa vez. O seguimos até entrarmos na escuridão mais profunda da floresta.
Não estava completamente escuro, mas a luz estava bem fraca, de qualquer modo. Eu entrelacei meus dedos nos de Niall, que olhava para todos os cantos, intrigado. Eu sempre fui muito medrosa, eu tenho medo do escuro, e acho que se uma folha grudasse no meu cabelo de repente, era capaz de eu desmaia pensando ser algo terrível.
Minha mão suava contra a de Niall e meu coração estava á mil, ainda mais porque eu e Niall éramos os últimos. Eu olhava para trás o tempo todo, mas eu ficava mais assustada ainda, então desisti e tentei pensar em coisas legais como unicórnios, chocolates ou até tentei controlar uma música... mas minha voz não saiu e eu não conseguia me distrair do medo que me percorria.
-Você está tremendo muito...– disse Niall, olhando para mim.
-S-sim...– ele entrelaçou seu braço sobre meus ombros. Eu me senti mais segura, mas não vou dizer que meu medo passou.
-Parem!– sussurrou Louis, esticando os braços e bloqueando nossa passagem. Todos ficamos em silencio. Até que ouvimos barulhos de passos sobre as folhas secas no chão se aproximando aos poucos.
-Vamos sair daqui!– sussurrou Harry, mas Louis segurou seu braço.
-Não! E se for o Liam?
-E se não for o Liam?
-Aí a gente corre.– ficamos todos em silencio e parados como estátuas. Havia várias folhas amontoadas bem em nossa frente, bloqueando nossa visão, e os passos estavam vindo dali. Cada vez mais perto, mais perto...
Até que Louis puxou as folhas.
Nem consegui ver o que estava por trás, só sei que “a coisa” deu um grito e todos nós gritamos também. Nossa segunda reação seria correr, mas assim que ouvi aquela voz, eu parei.
-MEU DEUS! QUE SUSTO, LOUIS!– gritou Liam, saindo de trás das folhas.
-Ah! Graças á Deus!– exclamou Zayn, aliviado.
-Por que não estão na entrada do País das Maravilhas?
-Eu estava preocupado com você.– disse Louis, e Liam o encarou, indiferente. Mas logo se virou para Lívia que o perguntou:
-Não achou nada perigoso?
-Não. Nem uma formiga sequer. Acho que já podemos prosseguir.– estava bem mais tranqüila depois do que Liam disse, pelo jeito, estava tudo mesmo seguro...
Segurei a mão de Niall novamente e seguimos andando. Depois de um bom tempo caminhando, ouvimos barulhos de passos que faziam o chão tremer se aproximando aos poucos. Liam deu o sinal para pararmos e ficamos ouvindo aqueles passos enormes vindo em nossa direção. O barulho de um focinho fungando algo vinha se aproximando cada vez mais, e nós íamos recuando. Até que Liam arregalou os olhos.
-Se for o que estou pensando ser...– tá, eu estava morrendo de medo...
Realmente, parecia que um gigante se aproximava. Até que Liam foi nos recuando devagar, sem produzirmos barulho algum, porém, meu pé se enroscou em um galho no chão e eu caí sobre as folhas, causando um barulho alto comparado ao silencio que estávamos.
Uma coisa enorme saltou sobre nós.
-Bandersnatch...– ouvi Liam sussurrar.
Eu não conseguia distinguir o que era aquilo exatamente, só sei que era enorme! Era como se fosse um violento buldogue malcheiroso, ele possuía pelos ralos brancos com manchas pretas em seu lombo, sua cabeça era achatada e sua boca cobria quase seu rosto inteiro com seus dentes afiados e pontiagudos. Seu bafo quente predominava sobre nossos rostos. Ele rosnava nos encarando de pertinho com seus olhos claros como rubis, frios, que transmitiam um pavor imediato.
-Nem... mais... um... movimento... sequer...– disse Liam baixinho e lentamente.
-COOOOOOOOOOOORREEEEE!– gritou Zayn. O animal urrou e todos nós corremos pela direção contrária. Eu e Niall guiávamos os outros, até que vi uma entrada pela minha esquerda, puxei Niall pelo braço e os outros nos seguiram.
O chão tremia com os pulos que o monstro dava para nos alcançar, estávamos bem longe dele, se não parássemos, ou se ele ficasse cansado, conseguiríamos escapar.
-Como podemos nos livrar dessa coisa de uma maneira mais simples que correr?– perguntou Lívia, já cansada.
-Essa coisa...– disse Liam, ofegante -...é um Bandersnatch. Segundo o conto original de Alice no País das Maravilhas, precisamos acertar-lhe o olho para deixá-lo atordoado e no fim, conseguimos escapar.
-Como vamos fazer isso?!– de repente, Harry parou num solavanco, soltou um gemido e quando olhamos para ele, seu vestido estava preso em um galho pontudo.
-HARRY!– gritou Carol.
-Vão! Eu cuido dele!– pelo olhar de Harry, com certeza ele não fazia nem ideia de como se livrar daquele bicho...
Ele se aproximava cada vez mais. Nós não fugimos, só conseguimos ficar lá parados, observando Harry tentar inúmeras vezes, sem sucesso, tirar o vestido daquele galho.
Até que um brilho percorreu pelos seus olhos. Ele havia tido uma ideia  Ele puxou o galho com mais força ainda, e mais rapidamente, até conseguir tirá-lo da árvore, ficando com metade dele em suas mãos e rasgando seu vestido. Ele se virou de frente para o animal que vinha correndo salivando e provavelmente pensando: “Que delícia de jantar terei esta tarde!”
Conseguíamos ver as pernas de Harry trêmulas. Assim que o Bandersnatch ficou uns quatro metros dele, ele saltou, agarrou-se nos pelos do animal e tentou escalar até sua cabeça, fazendo com que o bicho se rebatesse na tentativa de tirá-lo de lá. Carol gritava de medo á todo momento, eu estava com medo também do que poderia acontecer com ele.
Harry vacilou um passo para cima e ficou pendurado pelas próprias mãos sobre as costas do monstro. Antes que ele caísse, ele cravou a estaca dentro do olho do Bandersnatch.
O monstro urrou e acertou um golpe com suas garras enormes em Harry, que voou em nossa direção. Ele caiu próximo á nossos pés, Carol correu até ele e o ajudou á levantar. O Bandersnatch se remoia de dor mais adiante de nós.
-Vamos sair daqui!– todos corremos o mais longe que conseguimos até nos afastarmos completamente.
Nós desabamos no chão depois de muito tempo correndo, e ficamos recuperando nossas forças.
-Harry... você está bem?– Harry gemia baixinho, pressionando sua mão em seu braço –Deixe-me dar uma olhada.– eu afastei suas mãos que estavam cobertas de sangue. Eu sempre tive problemas com cortes, ferimentos fortes e tudo que contenha... sangue. Quando vi aqueles rasgos profundos de garras escorrendo sangue em seu braço, senti meu corpo inteiro adormecer e fiz forças para dizer algo que o motivasse.
-N-não está tão ruim...
-Fala sério, isso está horrível!– eu suspirei e pressionei minhas mãos em seus cortes. Fechei os olhos bem forte e fiquei sentindo seu sangue escorrer pelos meus dedos. Harry gemeu e em seguida cerrou os punhos para suportar a dor.
-Fica calmo...– sua respiração acelerada foi diminuindo até que ouvimos uma voz.
-Com licença, poderia ajudar os cavalheiros?– todos olhamos para os lados e não vimos nada.
Gozado... aquela voz estava tão perto de nós. Parecia estar em nosso meio.
-Quem está aí?– perguntou Zayn.
-Parece que alguém está perdido...– disse a voz. Senti um vento sobre meu ombro direito e uma fumaça surgiu em minha frente.
Cada vez ela ia ficando mais nítida, até formar a cabeça de um... gato.

PRÓXIMO CAPÍTULO...

-Por favor, nos ajude! Será impossível conseguir sair daqui sem ajuda de alguém que já conhece o terreno.
-Eu irei fazer o possível para ajudá-los... ah, e ninguém lhes avisou ainda?
-O quê?
-Se vocês continuarem aqui após o pôr-do-sol, vocês se transformarão nos personagens em que estão vestidos.
-O QUÊ?!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Capítulo 4: Real Life


AVISOS:
Heeey, meus amores *-* Mais um capítulo pra vocês! Eu sei que esse é mais curtinho que os outros... mas mesmo assim é legal >.< Boa leitura, meus anjos! xXx deixem comentários ;D

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-O QUÊ?! COMO ASSIM ESTAMOS NO PAÍS DAS MARAVILHAS?– os gritos de Harry ecoavam no salão.
-Eu nunca iria saber– disse Niall –eu nunca assisto Disney Channel mesmo...
-NIALL! Isso é hora pra piada?– Liam batia os pés freneticamente no chão, nervoso, tentando pensar.
-P-País das Maravilhas?! Isso é só um conto de fadas!– dizia Carol –Não é real!
-Acho que acabamos de descobrir que é!
-Eu nunca reparei nesse buraco! Na verdade, nunca caminhei pela floresta até chegar aqui.
-Você tem noção... de que o País das Maravilhas esteve logo abaixo de seus pés o tempo todo?! O País das Maravilhas fica logo abaixo do Hotel SkyLine!
-Eu nunca imaginei que isso poderia acontecer comigo! Não estou pronta pra enfrentar esse tipo de coisa!– enquanto Carol tentava se conformar, aquela purpurina cobriu o corpo dela.
Suas roupas se esticaram e viraram um grande vestido vermelho com naipes de cartas estampados nele todo e uma coroa grande apareceu sobre a cabeça dela.
-Carol é a Rainha de Copas!
-Legal!– disse ela, girando e fazendo o vestido fazer movimentos bonitos. 
-Você ficou tão linda...
-Own, Harry...– Carol se aproximou dele, prestes á beijá-lo.
-Sem namorico, por favor!– Liam se dirigiu para o centro da sala e olhou para a mesinha –Tem uma chave aqui!
-Tá, a chave não vai ajudar nada! Porque somos muito grandes para passar pela porta.
-Precisamos tomar deste antídoto.– Liam ergueu o frasco e nos aproximamos. Havia uma pequena etiqueta pendurada na tampa do recipiente. Liam leu em voz alta: –“Beba-me e fique pequeno.”
-O que isso faz?– perguntou Niall. Todos o encaramos, indiferentes.
-“Beba-me e fique pequeno.”– repetiu Liam.
-Sério, Niall?
-É uma loção pra pele!– zombou Louis. Niall mostrou a língua pra ele, até que suas roupas começaram á tremeluzir também.
Uma capa verde alongou-se atrás de suas costas, e um capuz se encontrava sobre a cabeça dele. Não sei se aquilo eram espinhos, ou patas de insetos, mas essas coisas estranhas cresceram na lateral de sua capa. Suas calças mudaram de cor para um tom amarelado, e luvas verdes, que cobriam quase seu braço inteiro, surgiram magicamente.
-O que Niall é exatamente?
-Acho que uma lagarta.– Niall olhava para suas novas vestes. Ele não parecia estar com medo, ele até estava gostando... conseguia ver em seus olhos que ele estava pensando: “Legal. Finalmente alguma aventura pra sair da rotina...” Pra ele aquilo seria como jogar videogame.
-Eu quero me transformar logo!– exclamou Harry, inquieto –Eu serei o próximo!– mas as roupas de Lívia começaram á brilhar –Ah, esquece...
As vestes de Lívia se alongaram. Um vestido semelhante ao de Carol desceu sobre suas pernas, mas o dela era um branco, com um forro brilhante. Uma coroa também surgiu acima de sua cabeça e luvas brancas se formaram sobre seus braços.
-Nossa! Esse vestido é muito lindo!– exclamou ela, sorrindo.
-O que Lívia é?
-A Rainha Branca, com certeza.– respondeu Liam, imediatamente. Estava começando á achar que não seria tão difícil sair de lá com Liam ao nosso lado... ele conhece muito bem os filmes da Disney, com certeza devia saber muito sobre Alice No País Das Maravilhas.
-Legal!– nós tivemos que esperar Harry se transformar antes de bebermos o antídoto.
-Ah, Deus! O que será que vou ser? Talvez minha roupa seja a mais legal de todas! Talvez eu seja um dragão, ou aquele cavalheiro negro!– dizia Harry, animado. Eu e Louis nos entreolhamos. Com certeza estávamos pensando ao mesmo tempo: “Se esse Curly não calar a boca daqui 5 segundos, vou arrancar a boca dele fora.”
Até que as roupas de Harry começaram á brilhar.
-Está funcionando!– Harry fechou os olhos. Acho que ele queria que fosse surpresa pra ele. Mas sua blusa se alongou, até que chegou um pouco acima de seu joelho como... um vestido. Um laço rosa se formou sobre seus cachos, o vestido criou listras azuis e babadinhos cresceram em volta das mangas. Outro laço cor-de-rosa prendia-se em frente ao seu pescoço, ele usava sapatilhas pretas em seus pés e tinha outra fita presa em volta de sua cintura.
Harry era Alice.
Quando o brilho diminui, Harry abriu os olhos e nos encarou sorrindo.
-E aí, gente? Como estou?– nos entreolhamos e gargalhamos imediatamente.
Harry parecia confuso. Nós ríamos como condenados... Niall estava vermelho, até chorava de tanto rir, e Liam e Zayn rolavam no chão, sem ar de tanto gargalharem. Harry olhou para suas roupas, arregalou os olhos e pareceu pasmo.
-MAS QUE P*RRA É ESSA?!– nós rimos mais ainda –DE JEITO NENHUM! EU NÃO VOU ANDAR PELO PAÍS DAS MARAVILHAS USANDO UM VESTIDO!– Louis se aproximou de Harry, ainda rindo e colocou a mão em seu ombro.
-Não se preocupe, Hazza! Você fica lindo de vestido!– nós ríamos sem parar, meu estomago até doía! Harry franziu as sobrancelhas e corou.
-Eu vou pelado!– nossas risadas foram diminuindo, menos a de Niall, que ainda ecoava no salão.
-O quê?– disse Liam, já sério –Harry, você não pode ir ao País das Maravilhas pelado!
-É claro que posso!– contrariou ele, já tirando o vestido –Não ouvi nenhuma regra contra isso!– ele amontoou o vestido no chão e ficou só de cueca.
-Uau!– exclamamos eu e Lívia.
-Ei!– protestou Carol.
-Por favor, amiga! Como não olhar pra isso?– já tinha visto Harry de cueca/calção/sunga/pelado muitas vezes, mas isso sempre me impressionada...
-Ei!– gritou Niall, ainda rindo.
-Harry! Coloca as roupas de volta!– mandava Liam.
-Não!
-Harry! São só roupas!
-Isso porque não é você que é a Alice!
-Escute,– Liam segurou os ombros do amigo e o fitou seriamente –nós precisamos sair daqui, Harry... colabora, por favor. A gente sabe que não foi você que escolheu ser a Alice. Só coloque suas roupas de volta e vamos pro hotel.– Harry hesitou.
-M-mas vocês vão rir de mim...
-Nós não vamos...– a risada escandalosa de Niall ecoava no salão. Liam se aproximou, deu um soco em seu... em suas... em um lugar bem desagradável e depois, voltou-se a Harry que sorriu (enquanto Niall se remoia no chão, praguejando xingamentos nada civilizados).
-Obrigado, Liam.
-De nada, Harry... agora coloque suas roupas de volta e vamos sair daqui.
-Eu não acho má idéia o Harry ficar só de cueca...
-LÍVIA!
-O que?! Pelo menos ele fica um pouco mais sexy sem essa roupa e...
-Cala a boca, antes que ele mude de idéia!
-É, eu não levei soco nas bolas á toa!– disse Niall, ainda no chão se remoendo de dor. Eu ri e me abaixei ao seu lado, acariciando seu cabelo, mesmo sabendo que não iria adiantar nada. Harry colocou o vestido de volta e nos reunimos no centro do salão.
-Todos dão um golinho bem pequeno no antídoto.– e assim fizemos. Aquilo tinha gosto de arco-íris e baunilha... mas era tão doce, mas tão doce, que assim que aquilo desceu pela minha garganta, parecia estar rasgando-a. Nós tossíamos sem parar até diminuirmos pro tamanho ideal para passar pela porta.
-Argh!– exclamou Zayn –Preciso de água!– todos precisávamos de água urgente... mas enfim, quando olhávamos para cima, o salão parecia muito mais gigante. Pegamos a chave e abrimos a portinha.
E sentimos o ar puro do País das Maravilhas.

PRÓXIMO CAPÍTULO...


-Ei, o que foi? Está com medo?
-Apavorada.
-Calma. Vamos conseguir sair daqui.
-Niall... eu admiro muito esse seu jeito positivo de ser. Eu também sou assim, mas vamos encarar a realidade, a possibilidade de sairmos daqui vivos é bem pequena.

sábado, 17 de novembro de 2012

Capítulo 3: Magic

AVISOS:
Heeeey, minhas lindas! :D Eu ia pedir pra vocês (que deixaram reviews na fanfic Don't Let it Go no Nyah) colocarem o nome da conta de vocês em baixo, pra eu conseguir reconhecer, por exemplo, o meu era OneThing, então se forem deixar comentários, coloquem em baixo "OneThing" (ou seja, o nome da sua conta do Nyah), adorarei ver quem está lendo de lá! :D Ah, e se você não consegue comentar, pode entrar em contato comigo por TUMBLR: swaag-or-die.tumblr.com TWITTER: @DarrenTeSeduz. Mil beijos, curtam esse capítulo ;*

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-AH MEU DEUS! VOCÊ MATOU O ZAYN!– Harry andava em círculos, puxando os cabelos.
-O QUÊ?! EU NÃO MATEI O ZAYN!– Louis roia as unhas, ainda olhando para o buraco.
-Eu sabia que isso ia dar merda!– murmurou Carol.
-Pobre Zayn...– choramingou Niall –Ele era tão jovem, tão corajoso, tão inspirador... Sentirei falta de seu “vas happenin’” ou de encontrar gel espalhado pelas minhas coisas...– Liam interrompeu Niall bruscamente, empurrando-o para longe do buraco.
-ZAYN! EU JÁ ESTOU INDO!– ele pulou, mas antes que caísse por completo, Harry segurou seus pés.
-LIAM! VOCÊ ESTÁ LOUCO? PRECISAMOS MANTER A CALMA!– Louis se prendeu na cintura de Harry, eu segurei a barriga de Louis, fazendo força para puxá-los de volta, Lívia encaixou os braços em volta da minha cintura, puxando-me para trás, Niall segurou nela e Carol segurou em Niall.
Estávamos quase conseguindo puxar Liam de volta, quando Carol vacilou a mão da cintura de Niall e nossa corrente desabou. Caímos de brusso no chão, ainda entrelaçados uns nos outros e fomos sendo levados para dentro da escuridão. Carol tentou nos puxar, mas não tinha força suficiente para salvar 7 pessoas, então também caiu no chão, sendo levada conosco.
Por fim, estávamos caindo naquele buraco sem fundo. Gritávamos á todo segundo, tentando enxergar o chão.
Mas não havia chão.
Parecia que iríamos ficar caindo para sempre. Me agarrei ao braço de Lívia, que caía ao meu lado e gritava apertando minha mão. Procurei Niall, ele caía ao lado de Carol, um pouco acima de mim. Fiquei um pouco mais aliviada ao ver que ele estava bem... quer dizer, no mesmo estado que a gente. Eu não sabia exatamente se estávamos bem. A única coisa que eu conseguia pensar era: “AAAAAAAAAAAH!”
 Mas enfim, depois de uns 40 segundos caindo, as coisas começaram á ficar bizarras. Relógios, mesas, velas, banquinhos, flores... todas essas coisas caíam em nossa volta. Nossos gritos haviam parado, agora olhávamos em volta, curiosos, querendo saber o por que daqueles objetos aleatórios caindo.
-Isso é familiar...– disse Liam, se aproximando de um relógio-cuco.
Realmente, essa cena me lembrava alguma coisa...
Até que olhamos pra baixo e vimos o chão uns vinte metros á baixo de nossos pés.
-Vamos bater no chão!– alertou Lívia.
A queda não foi nem um pouco confortável, principalmente para Liam, que caiu primeiro e teve todos nós praticamente em cima dele.
-Vocês estão me esmagando!– gritou Liam. Nos levantamos e olhamos em volta.
Era como se fosse um salão fechado gigante. As paredes tinham uma tonalidade escura e a iluminação era baixa. O teto era bem alto, não fazia sentido... Se o lugar era fechado, de onde caímos? Aposto que estávamos todos nos perguntando as mesmas coisas. Eram tantas duvidas! Aonde estávamos? Por que estávamos ali? Como sairíamos? Aquilo era um sonho? Onde Zayn se meteu?
Havia uma mesinha de vidro no centro da sala, e o piso era xadrez intercalado com preto e branco. Segurei a mão de Niall, tremendo.
-Onde e-estamos?
-Gostaríamos de saber.
-ZAYN!– gritava Liam, olhando por todas as partes.
-Quem está aí?– perguntou uma voz vinda de um canto escuro do salão. Era uma voz familiar, eu conheceria em qualquer lugar se não estivesse tão trêmula.
-Somos o One Direction!– Zayn apareceu na luz, encolhido e com os olhos arregalados de medo. Coitado... acho que ele teve uma queda bem pior, sem os amigos ao lado.
Mas ele não se vestia como o Zayn. Ele estava com uma roupa de baralho... Estava parecendo uma carta, um soldado-carta... Ele usava luvas, uma boina ambas vermelhas, tinha uma espada embainhada em sua cintura e usava botas de borracha.
-Zayn?
-Por que está vestido assim?
-Hã?– ele olhou para baixo –Ah... OH MEU DEUS! POR QUE ESTOU USANDO ISSO?!– nós nos aproximamos dele e ficamos mais confusos do que já estávamos.
-Você não sabe por que?
-Não! Eu nem senti minhas roupas trocando! Eu simplesmente olhei pra baixo e estava assim!
-Isso é muito, muito estranho... aonde estamos, afinal?– perguntava Harry.
-Temos que descobrir como sair daqui!– Lívia media o lugar com o olhar.
-Ta... mas primeiro, eu preciso matar o Louis.– disse Zayn, fulminando-o com o olhar.
-Eu?! Mas por que eu?!– Zayn fez uma pausa.
-VOCÊ QUASE ME MATOU!
-Não foi culpa minha!– Liam pigarreou, o que significou algo mais como “eu te avisei!”
-Quem me empurrou?
-Eu... m-mas...
-ENTÃO FOI CULPA SUA, LOUIS!– Niall, ao meu lado, olhou para trás e arregalou os olhos.
-Liam! Olha só pra você!– quando nós olhamos para trás, na direção de Liam, ele estava em volta de algum tipo de purpurina, não sei bem dizer... algo mágico. Só sei que as roupas dele foram mudando e coisas estranhas foram ganhando formas sobre sua cabeça.
E as “coisas” eram orelhas de coelho.
Sim, orelhas brancas de coelho brotaram sobre a cabeça de Liam, ficando cada vez mais compridas. Suas roupas casuais se tornaram um terno elegante cinza, com uma gravata borboleta, luvas e... pois é, um rabo de coelho cresceu na sua... região traseira. Ele continuava com o corpo de um humano normal, mas com orelhas e rabinho felpudo.
Sim, pra mim, Liam estava completamente fofo... mas pros meninos ele devia estar patético. Quando Niall gritou, Liam olhou para baixo e arregalou os olhos.
-Mas o que..?
-Você é um coelho!
-Coelho? Do que estão...– ele passou a mão na cabeça e sentiu suas orelhas, depois olhou para trás e conseguiu enxergar seu rabo –Eu sou um coelho...– no começo, ele pareceu estar em choque, mas depois sorriu e pareceu entusiasmado –Meus sonhos estão se tornando reais!
-Nossa! Isso é tão ridícu...– eu belisquei o braço de Niall –...AI!
-E-eu devo estar em um sonho!– Lívia tentava convencer á si mesma –Eu vou acordar e não vou estar aqui.
-O estranho, é que todos estamos tendo o mesmo sonho...
-Não,– disse Louis se encolhendo, com os olhos transmitindo uma grande culpa –esse sonho é só meu... a culpa de estarmos aqui é minha. Eu sou um crianção que não tem limites nenhum. Se alguém que está sonhando isso, sou eu... para aprender á ouvir as pessoas que querem o melhor pra mim.– ficamos um tempo em silencio.
Louis estava mesmo arrependido pelo que disse pro Liam. Aquilo soava muito como desculpas, mas Liam pareceu não estar impressionado. Mesmo sendo sempre compreensivo, parece que estava mesmo chateado com o que Louis disse. Ele revirou os olhos e cruzou os braços. Acho que ele não iria desculpá-lo á menos que ele não diga “me desculpa, Liam.
-Tá...– disse eu, quebrando o silencio –mas vamos encarar os fatos, isso aqui está muito real para ser um sonho!
-MEU DEUS! ISSO É REAL! Realmente estamos presos nesse lugar!– Harry estava muito nervoso, parecia que estava prestes á enlouquecer. Carol se aproximou e tentou acalmá-lo.
-Fica calmo, lindo... a gente vai conseguir sair daqui se agirmos todos juntos. Afinal, a união faz a força.
-Ela tem razão!– exclamei.
-Tá, mas do que serve força se nem sequer sabemos onde estamos?– eu tinha certeza que conhecia esse lugar de alguma coisa... mas eu estava com tantas perguntas na cabeça, e eu estava tão atordoada, que não conseguia nem sequer pensar direito. Acho que todos estavam se sentindo assim.
-Alguém já viu esse lugar em alguma coisa..?
-Eu me lembro daqui... mas não sei dizer onde é... não consigo pensar direito!– eu olhava para todos os lados, até que enxerguei uma porta minúscula se camuflando com a tonalidade escura da parede.
-Gente! Olha! Tem uma porta aqui!– corri, me agachei e tentei abrir a pequena portinha –Droga! Está trancada!– todos ficamos em silencio.
Até que aquela “purpurina” começou á surgir magicamente de minhas roupas.
-Ah, Deus...– todos olharam para mim e minhas roupas mudaram.
Eu estava coberta por completo por um colã roxo com listras de tonalidade mais clara, com o tecido macio e felpudo, parecido com pelo de gato.  Um rabo comprido cresceu um pouco abaixo das minhas costas e minha cabeça formigou. Eu movia as mãos sobre ela e senti orelhas macias.
-O que eu sou?
-Você é uma gata.
-Own! Que fofo, Zayn!
-Não! Quer dizer... literalmente uma gata!– eu dei uma olhada geral no meu corpo.
-Verdade... essa roupa é tão confortável...– eu me sentia envolvida em um edredom, até que percebi que estava ronronando e parei imediatamente. Aquilo foi tão automático, até eu achei estranho.
-O que foi isso?
-Não me peça pra explicar!
-Bizarro...
-Espera aí!– Lívia parecia assustada –Zayn é um carta-soldado, Liam é um coelho, Gabi é uma gata... o que está acontecendo?!
-Você esqueceu de acrescentar que Louis é o Chapeleiro Louco.
-É! E Louis é o... peraí, o quê?!
Olhamos para Louis e ele estava envolto na purpurina mágica usando um terno colorido, com uma calça larga listrada, e acima da cabeça, uma cartola grande. Abaixo do pescoço um laço de bolinhas que ás vezes, tremeluziam e viravam listras e ele tinha uma luva furada em suas mãos.
-Nossa! Essas roupas são muito legais!– exclamou ele, ajeitando a gravata borboleta. Acho que todos nós já tínhamos percebido onde estávamos.
Estávamos no salão de entrada do País das Maravilhas.

PRÓXIMO CAPÍTULO...

-P-País das Maravilhas?! Isso é só um conto de fadas! Não é real!
-Acho que acabamos de descobrir que é!
-Eu nunca reparei nesse buraco! Na verdade, nunca caminhei pela floresta até chegar aqui.
-Você tem noção... de que o País das Maravilhas esteve logo abaixo de seus pés o tempo todo?! O País das Maravilhas fica logo abaixo do Hotel SkyLine!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Capítulo 2: Falling In The Dark

AVISOS:
Oi, flores do meu jardim! *-* Pois é, eu to achando super estranho postar aqui nesse blog '-' me acostumei tanto com o Nyah... Mas enfim, é tão bom ver que minhas bbzas estão comentando e acompanhando a história *u* é bom ver que posso contar sempre com vocês! :D Obrigada, de verdade <3 milhares de beijos xoxox

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-Zayn! Aqui! Passa pra mim!– gritava Liam á todo momento durante nosso jogo de futebol. Sim, eu e as meninas não sabíamos jogar nada de futebol, mas os garotos passavam a bola pra gente só para poderem dar risada da nossa falta de jeito no jogo.
-Pega, Lívia!– Zayn chutou a bola na direção de Lívia, que deu um chute e entrou zunindo pela rede. Ela arregalou os olhos e todos gritamos feito loucos, impressionados.
Seguimos o jogo “normalmente” (ao nosso modo), a bola estava com Carol, ela corria em direção do gol, onde Niall se encontrava como goleiro, que lhe disse:
-Vamos lá, Carol! Quero ver se consegue fazer um gol em mim!– Carol estreitou os olhos.
-Você vai ver só, Horan! Jamais me subestime!
-Só acredito vendo!– gritou Niall, tentando provocá-la. Carol chegou na boca do garrafão e deu um chute tão forte, mas tão forte, que a bola caiu no meio do mato, logo adiante, á esquerda do lago.
Nós olhamos imediatamente para ela, incrédulos. Como alguém conseguia chutar tão forte assim? Ela se encolheu e deu uma risadinha.
-Tá bom, eu nunca mais te subestimo.– disse Niall.
-Nossa, Carol... precisava chutar a bola lá no fim do mundo?
-Não foi culpa minha! Foi algo involuntário!
-Eu é que não vou buscar aquilo!– disse Harry, cruzando os braços.
-A namorada é sua!
-Grande coisa! Quem chutou é quem tem que ir buscar!
-Nossa, Harry... você é tão cavalheiro!– disse Carol, chutando sua perna.
-Sério mesmo que vocês querem que eu vou naquele fim de mundo buscar aquela coisa?– Zay suspirou.
-Deixa que eu vou.– e saiu andando em direção á “floresta.”
-Zayn! Mas lá é muito escuro pra ir sozinho e...– Louis tapou a boca de Liam com a mão, e esperou Zayn atravessar as árvores e entrar no mato para falar:
-Vamos zoar com ele, gente!
-Ahn?
-Vamos atrás dele dá-lo um susto!
-Acho isso muita sacanagem, Louis...
-Tadinho dele, amor...
-Não dá nada, gente! Vai ser engraçado!
-Não acho que isso é uma boa ideia, Louis.– disse Liam– Quando você diz “vai ser engraçado” é porque vai resultar em desastre.
-Qual é! Quantas vezes eu coloquei vocês em roubada?– todos o encaramos.
-Quer mesmo que respondamos?
-Ordem alfabética ou cronológica?
-Pois é, Louis. Isso não vai dar certo. Vamos esperar Zayn aqui.– disse Liam, satisfeito por termos concordado com ele.
-Ugh, Liam... Por que você tem que ser tão chato? – Liam franziu o cenho.
-Chato? Eu não sou chato!
-Claro que é! Você nunca me deixa fazer nada! Eu só quero me divertir!
-Só quero evitar problemas, Louis! Estou com um mau pressentimento!
-Você sempre está, não é? Nunca nos deixa nos divertir sem ficar enchendo o saco nos mandando parar! Você é muito mandão!– assistíamos a discussão, assustados –Você tem que ser menos sério!
-E você tem que parar de agir feito criança!
-Me divertir um pouco mais nunca me fez mal!
-Porque eu sempre estive lá pra te dar limites, Louis!
-Você parece um velho rabugento!– Liam bufou e nos entreolhou.
-Vamos atrás do Zayn, gente!– ele sorriu como se nada tivesse acontecido e saiu correndo. Nós nos entreolhamos e o seguimos. Me aproximei de Louis e dei um tapa no seu braço.
-Você pegou muito pesado com o Liam!
-Ele não...
-Ele só quer nos proteger, Louis! Da próxima vez, antes de pensar em chamá-lo de “chato”, “mandão”, ou “velho rabugento”, lembre-se de tudo que ele fez por nós! Olha só pra ele– eu apontei na direção de Liam, e Louis seguiu meu dedo com o olhar –com certeza está super chateado com o que disse! Depois você vai lá, e pede desculpas!– ele abaixou os olhos, arrependido. Depois, ele olhou para trás e viu Eleanor sentada no banquinho de madeira.
-Não vem com a gente, El?– ela deu um leve sorriso.
-Podem ir, gente! Eu tenho medo de entrar no meio do mato!
-Eu fico aí com...
-Não!– eu segurei o braço dele –Você brigou com Liam até conseguir o que queria, agora vamos até o fim. E se isso dar problemas, vê se você aprende á ouvir da próxima vez!
-Pode ir, Louis! Eu espero vocês aqui!– Louis voltou á olhar pra frente e entramos na escuridão da floresta.
Era tudo bem escuro, as luzes do sol passavam por entre as folhas das árvores, mas mesmo assim, a iluminação não era das melhores. O lugar era úmido e o ar era quente. Era tudo bem sinistro...
-Zayn não teve medo de entrar aqui?– disse Carol, estremecendo e abraçando o braço de Harry.
-Desde que não tenha água por perto... pra ele ta de boa.– seguimos andando, ouvindo o barulho dos galhos se quebrando em nossos pés.
-Você nunca tinha entrado aqui, Gabi?– perguntou Lívia –Você trabalha aqui á tanto tempo...
-Eu tinha coisas á mais pra fazer do que ficar entrando nesse mato...– eu entrelacei meus dedos nos de Niall, apertando sua mão, que estava trêmula. Eu sussurrei pra ele: –Você está bem, loiro?
-S-só com um mau pressentimento...

Enquanto isso...

P.O.V (Point Of View): Zayn Malik.
Eu andava lentamente procurando a bola, seria meio impossível encontrá-la no meio daquele lugar tão grande. Eu tentava ignorar o fato de que eu estava tremendo de medo. Tente andar sozinho no meio de uma floresta deserta, no maior silencio. Além do mais, aquela umidade estava acabando com meu cabelo!
Eu falava sozinho para tentar me distrair do medo que sentia daquele silencio que parecia não acabar mais.
-Onde está aquela maldita bola?– ouvi um barulho vindo de um galho de uma árvore um pouco adiante de mim.
Primeiro, pensei que iria morrer. Mas depois que acumulei coragem e ergui os olhos, avistei um macaquinho brincando com a bola presa em um dos galhos. Ele se descuidou, e deixou-a cair quicando á uns sete metros em minha frente. Saí correndo atrás dela.
-Obrigado, amiguinho!– gritei pro pequeno macaco.
Eu esticava os braços para tentar alcançar a bola, mas ela quicava devido ao amortecimento nas folhas que caíam no chão, dificultando mais as coisas.
E dificultando mais ainda, a bola caiu dentro de um buraco.
-Merda!– me ajoelhei e tentei enxergar na escuridão daquela abertura. Fiquei com medo de enfiar a mão ali dentro e um bicho me morder, ou grudar nos meus dedos.
Aquele buraco era bem mais fundo do que eu imaginava...
P.O.V (Point Of View): Gabi.
Louis parou de andar do nada, e nos mandou ficarmos quietos. Paramos e ficamos com os ouvidos atentos. Ouvimos um barulho de folhas e uma voz um pouco mais adiante.
Vimos Zayn agachado de quatro olhando para dentro de um buraco enquanto praguejava. Andamos lentamente para trás de uma árvore e fomos chegando perto devagar para tentar não fazê-lo ouvir.
Niall tentava segurar a risada, mas Harry o deu um beliscão, que o fez o ficar em silencio imediatamente.  Louis se agachou atrás de Zayn, contou até três e o empurrou para dentro do buraco.
-EI!– Zayn caiu lá e nós rimos. No começo, foi mesmo engraçado, porque achávamos que o buraco era raso... mas depois começamos á ficar preocupados, Zayn não parava de gritar, parecia um buraco sem fundo. Louis espiou lá dentro e arregalou os olhos.
-É um buraco b-bem fundo, não é mesmo?

PRÓXIMO CAPÍTULO...

-MEU DEUS! ISSO É REAL! Realmente estamos presos nesse lugar!
-Fica calmo, lindo... a gente vai conseguir sair daqui se agirmos todos juntos. Afinal, a união faz a força.
-Ela tem razão!
-Tá, mas do que serve força se nem sequer sabemos onde estamos?
-Alguém já viu esse lugar em alguma coisa..?
-Eu me lembro daqui... mas não sei dizer onde é... não consigo pensar direito!