AVISOS:
Heeey, meus amores :D Mais um capítulo! Ah, vão começar á aparecer várias coisas de Alice, tipo esse "Bandersnatch" e etc... Só quero que saibam que não vai acontecer exatamente como no filme, eu vou modificar bastante as coisas... As batalhas, como funcionam as coisas depois que a batalha foi vencida e etc. Beeeijos e boa leitura ;*
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-Eu não acredito que estamos aqui...– murmurou Louis.
Quando entramos, havia uma estrada de terra que se seguia
para frente, cogumelos coloridos
gigantes estavam em nossa volta, a grama era em verde brilhante, o ar era
úmido, mas frio. Quando olhávamos para cima, víamos árvores gigantescas e um
céu azul se escondia por trás das folhas.
-Aqui é tão...
-Maravilhoso?– nós medíamos o lugar com o olhar.
-Cogumelos gigantes!– exclamou Louis, já escalando um deles.
-Eu poderia pegar um pedaço disso e examiná-lo mais
tarde...– Liam olhava para os cogumelos, curioso.
-Essa umidade está destruindo meu cabelo!– exclamava Zayn.
-Eu posso comer isso?– perguntou Niall para Lívia, segurando
um pedaço de cogumelo.
-Sei lá. Experimenta!– Niall examinou o pequeno pedaço,
depois o colocou na boca e mastigou –É bom?
-É... Não é tão ruim.– depois de sete segundos, Niall
começou á crescer muito rapidamente. Parecíamos formigas perto dele. Nos
assustamos e recuamos para não sermos esmagados pelos seus pés que cresciam até
ficarem do tamanho de um ônibus.
-Por favor, Niall...– disse Carol, com os olhos arregalados
–Não se mexa nem um centímetro á mais!
-Por que ele está assim?
-Na verdade, nós é que estamos muito pequenos por causa do
antídoto que bebemos para passar pela porta. Niall está no tamanho normal.–
explicou Lívia, pegando um pedaço do mesmo cogumelo que Niall comeu –Cada um
precisa comer da mesma quantidade que ele.
-Quanto ele comeu?
-Eu vi... foi mais ou menos assim.– ela repartiu um pedaço
grande ao meio, ficando só do tamanho equivalente á uma moeda. Todos fizemos o
mesmo e nos distanciamos, para quando crescermos, não esmagarmos uns aos
outros.
Aquele cogumelo tinha gosto normal... parecia champiñon.
Depois de alguns segundos senti meu corpo tremer e quando notei, tudo em minha
volta começou á diminuir... ou melhor, eu comecei á crescer. Me encontrei na
mesma altura que Niall, que sorriu pra mim.
Lembra quando ele sabia como me tranqüilizar como um simples
gesto? Tipo... aquele sorriso? Pois é, ele fez aquilo de novo.
Eu, por um instante, não estava mais no País das Maravilhas.
Meu coração aqueceu-se... eu estava novamente dentro do quarto dos meninos, que
eu sempre dormia quando estavam lá... eu estava envolvida em seus braços,
embaixo de um cobertor quentinho, sentindo o calor de seu beijo. Até que Liam
me cutucou, e voltei á realidade.
-Vou dar uma checada aqui na área para ver se não tem nada
de perigoso para podermos prosseguir.
-Você vai estar em risco, Liam...– disse Louis, preocupado.
Liam suspirou, mas ainda com os olhos fixados em mim, ele se recusava á olhar
para Louis.
-Vou ficar bem.– respondeu ele seco. Depois deu meia-volta e
desapareceu por entre as folhas. Louis parecia muito chateado... Eu iria consolá-lo,
mas Zayn o segurou pelo ombro e começou á lhe acalmar. Carol estava tremendo,
ela sempre foi forte, sempre foi corajosa... mas aquela floresta estava a
assustando muito. Harry envolveu-a em seus braços. E eu meio que sabia o que
ela estava sentindo.
Quando você iria imaginar que entraria pra um lugar assim?
Sem preparação? Eu nem fazia idéia! Eu sempre fui positiva, sempre quis
enxergar o lado bom das coisas... mas isso? Isso era frustrante... eu comecei á
me questionar se conseguiríamos sair dali um dia.
Eu estremeci, e lentamente, me sentei num cantinho sobre
folhas secas no chão. Niall notou que eu estava com medo e se sentou ao meu
lado.
-Ei, o que foi?– eu não respondi, só suspirei –Está com
medo?
-Apavorada.– ele me envolveu em seus braços e me apertou
contra seu corpo.
-Calma. Vamos conseguir sair daqui.
-Niall... eu admiro muito esse seu jeito positivo de ser. Eu
também sou assim, mas vamos encarar a realidade, a possibilidade de sairmos
daqui vivos é bem pequena.
-E vamos conseguir, sendo difícil ou não.
-Não percebe aonde estamos, Niall? Estamos no País das
Maravilhas! Isso não é brincadeira...
-Eu sei que não é. Mas se ficarmos todos juntos, nós vamos
conseguir. Não precisa ter medo, eu estou aqui pra você...– ele segurou meu
queixo, e virou meu rosto na direção do seu. O brilho do seu olhar pairou
diante de meus olhos e sua boca encontrou a minha, num longo e profundo beijo
–Eu te prometo... eu vou te tirar daqui, tudo bem?– minha boca suplicava por
outro beijo. Tudo que eu precisava agora era me sentir segura, e o beijo dele
sabia como me fazer sentir isso. Eu aproximei meus lábios nos dele e o beijei
novamente.
-Tudo bem...– ele sorriu pra mim e ajeitou seu corpo,
fazendo minhas costas se encaixarem perfeitamente sobre seus braços.
Eu realmente me sentia mais segura em questão de
conseguirmos escapar de lá, mas eu estava preocupada com Liam... já fazia um
bom tempo que ele tinha saído.
-Não acho certo o Liam ficar checando se está tudo seguro
por aí e nós aqui parados sem fazer nada...– disse Louis, medindo por onde Liam
passou com o olhar –Vamos atrás dele.
-Louis, não vamos fazer isso. Vai que ele volta e não nos
encontra aqui... vai piorar tudo!– disse Lívia.
-Ele já saiu faz um bom tempo! Não vou mais agüentar
esperar! E se aconteceu algo com ele?
-Não ouvimos nenhum barulho, Louis...
-Então! Isso é muito estranho! Vamos logo!– tá, não
adiantava tentar discutir com Louis... mas alguma coisa me dizia que ele estava
certo dessa vez. O seguimos até entrarmos na escuridão mais profunda da floresta.
Não estava completamente escuro, mas a luz estava bem fraca,
de qualquer modo. Eu entrelacei meus dedos nos de Niall, que olhava para todos
os cantos, intrigado. Eu sempre fui muito medrosa, eu tenho medo do escuro, e
acho que se uma folha grudasse no meu cabelo de repente, era capaz de eu
desmaia pensando ser algo terrível.
Minha mão suava contra a de Niall e meu coração estava á
mil, ainda mais porque eu e Niall éramos os últimos. Eu olhava para trás o
tempo todo, mas eu ficava mais assustada ainda, então desisti e tentei pensar
em coisas legais como unicórnios, chocolates ou até tentei controlar uma
música... mas minha voz não saiu e eu não conseguia me distrair do medo que me
percorria.
-Você está tremendo muito...– disse Niall, olhando para mim.
-S-sim...– ele entrelaçou seu braço sobre meus ombros. Eu me
senti mais segura, mas não vou dizer que meu medo passou.
-Parem!– sussurrou Louis, esticando os braços e bloqueando
nossa passagem. Todos ficamos em silencio. Até que ouvimos barulhos de passos
sobre as folhas secas no chão se aproximando aos poucos.
-Vamos sair daqui!– sussurrou Harry, mas Louis segurou seu
braço.
-Não! E se for o Liam?
-E se não for o
Liam?
-Aí a gente corre.– ficamos todos em silencio e parados como
estátuas. Havia várias folhas amontoadas bem em nossa frente, bloqueando nossa
visão, e os passos estavam vindo dali. Cada vez mais perto, mais perto...
Até que Louis puxou as folhas.
Nem consegui ver o que estava por trás, só sei que “a coisa”
deu um grito e todos nós gritamos também. Nossa segunda reação seria correr,
mas assim que ouvi aquela voz, eu parei.
-MEU DEUS! QUE SUSTO, LOUIS!– gritou Liam, saindo de trás
das folhas.
-Ah! Graças á Deus!– exclamou Zayn, aliviado.
-Por que não estão na entrada do País das Maravilhas?
-Eu estava preocupado com você.– disse Louis, e Liam o
encarou, indiferente. Mas logo se virou para Lívia que o perguntou:
-Não achou nada perigoso?
-Não. Nem uma formiga sequer. Acho que já podemos
prosseguir.– estava bem mais tranqüila depois do que Liam disse, pelo jeito,
estava tudo mesmo seguro...
Segurei a mão de Niall novamente e seguimos andando. Depois
de um bom tempo caminhando, ouvimos barulhos de passos que faziam o chão tremer
se aproximando aos poucos. Liam deu o sinal para pararmos e ficamos ouvindo
aqueles passos enormes vindo em nossa direção. O barulho de um focinho fungando
algo vinha se aproximando cada vez mais, e nós íamos recuando. Até que Liam
arregalou os olhos.
-Se for o que estou pensando ser...– tá, eu estava morrendo
de medo...
Realmente, parecia que um gigante se aproximava. Até que
Liam foi nos recuando devagar, sem produzirmos barulho algum, porém, meu pé se
enroscou em um galho no chão e eu caí sobre as folhas, causando um barulho alto
comparado ao silencio que estávamos.
Uma coisa enorme saltou sobre nós.
-Bandersnatch...–
ouvi Liam sussurrar.
Eu não conseguia distinguir o que era aquilo exatamente, só
sei que era enorme! Era como se fosse um violento buldogue malcheiroso, ele
possuía pelos ralos brancos com manchas pretas em seu lombo, sua cabeça era
achatada e sua boca cobria quase seu rosto inteiro com seus dentes afiados e
pontiagudos. Seu bafo quente predominava sobre nossos rostos. Ele rosnava nos
encarando de pertinho com seus olhos claros como rubis, frios, que transmitiam
um pavor imediato.
-Nem... mais... um... movimento... sequer...– disse Liam
baixinho e lentamente.
-COOOOOOOOOOOORREEEEE!– gritou Zayn. O animal urrou e todos
nós corremos pela direção contrária. Eu e Niall guiávamos os outros, até que vi
uma entrada pela minha esquerda, puxei Niall pelo braço e os outros nos
seguiram.
O chão tremia com os pulos que o monstro dava para nos
alcançar, estávamos bem longe dele, se não parássemos, ou se ele ficasse
cansado, conseguiríamos escapar.
-Como podemos nos livrar dessa coisa de uma maneira mais
simples que correr?– perguntou Lívia, já cansada.
-Essa coisa...– disse Liam, ofegante -...é um Bandersnatch. Segundo o conto original
de Alice no País das Maravilhas, precisamos acertar-lhe o olho para deixá-lo
atordoado e no fim, conseguimos escapar.
-Como vamos fazer isso?!– de repente, Harry parou num
solavanco, soltou um gemido e quando olhamos para ele, seu vestido estava preso
em um galho pontudo.
-HARRY!– gritou Carol.
-Vão! Eu cuido dele!– pelo olhar de Harry, com certeza ele
não fazia nem ideia de como se livrar daquele bicho...
Ele se aproximava cada vez mais. Nós não fugimos, só
conseguimos ficar lá parados, observando Harry tentar inúmeras vezes, sem
sucesso, tirar o vestido daquele galho.
Até que um brilho percorreu pelos seus olhos. Ele havia tido
uma ideia Ele puxou o galho com mais força ainda, e mais rapidamente, até
conseguir tirá-lo da árvore, ficando com metade dele em suas mãos e rasgando
seu vestido. Ele se virou de frente para o animal que vinha correndo salivando
e provavelmente pensando: “Que delícia de
jantar terei esta tarde!”
Conseguíamos ver as pernas de Harry trêmulas. Assim que o Bandersnatch ficou uns quatro metros dele, ele saltou, agarrou-se nos pelos do animal e tentou escalar até sua cabeça,
fazendo com que o bicho se rebatesse na tentativa de tirá-lo de lá. Carol
gritava de medo á todo momento, eu estava com medo também do que poderia
acontecer com ele.
Harry vacilou um passo para cima e ficou pendurado pelas
próprias mãos sobre as costas do monstro. Antes que ele caísse, ele cravou a
estaca dentro do olho do Bandersnatch.
O monstro urrou e acertou um golpe com suas garras enormes
em Harry, que voou em nossa direção. Ele caiu próximo á nossos pés, Carol
correu até ele e o ajudou á levantar. O Bandersnatch se remoia de dor mais
adiante de nós.
-Vamos sair daqui!– todos corremos o mais longe que
conseguimos até nos afastarmos completamente.
Nós desabamos no chão depois de muito tempo correndo, e
ficamos recuperando nossas forças.
-Harry... você está bem?– Harry gemia baixinho, pressionando
sua mão em seu braço –Deixe-me dar uma olhada.– eu afastei suas mãos que
estavam cobertas de sangue. Eu sempre tive problemas com cortes, ferimentos
fortes e tudo que contenha... sangue. Quando vi aqueles rasgos profundos de
garras escorrendo sangue em seu braço, senti meu corpo inteiro adormecer e fiz
forças para dizer algo que o motivasse.
-N-não está tão ruim...
-Fala sério, isso está horrível!– eu suspirei e pressionei
minhas mãos em seus cortes. Fechei os olhos bem forte e fiquei sentindo seu
sangue escorrer pelos meus dedos. Harry gemeu e em seguida cerrou os punhos
para suportar a dor.
-Fica calmo...– sua respiração acelerada foi diminuindo até
que ouvimos uma voz.
-Com licença, poderia ajudar os cavalheiros?– todos olhamos
para os lados e não vimos nada.
Gozado... aquela voz estava tão perto de nós. Parecia estar
em nosso meio.
-Quem está aí?– perguntou Zayn.
-Parece que alguém está perdido...– disse a voz. Senti um
vento sobre meu ombro direito e uma fumaça surgiu em minha frente.
Cada vez ela ia ficando mais nítida, até formar a cabeça de
um... gato.
PRÓXIMO CAPÍTULO...
-Por favor, nos ajude! Será impossível
conseguir sair daqui sem ajuda de alguém que já conhece o terreno.
-Eu irei fazer o possível para ajudá-los... ah, e ninguém
lhes avisou ainda?
-O quê?
-Se vocês continuarem aqui após o pôr-do-sol, vocês se
transformarão nos personagens em que estão vestidos.
-O QUÊ?!